Quem não conseguiu comprar ingressos para o partida de volta da final da Copa do Brasil, marcada para as 21h45 do dia 27 (quarta-feira), poderá ter um fio de esperança nos próximos dias. Tudo dependerá do resultado da reunião entre a diretoria do Cruzeiro, a Minas Arena e a Polícia Militar, que ocorrerá nesta terça-feira. O clube celeste tentará conseguir “carga extra” de 2.600 bilhetes, que seriam de cadeiras inicialmente utilizadas para separar as torcidas.
O diretor de tecnologia da informação da Raposa, Aristóteles de Paula Lorêdo, explicou que o clube usa o argumento da boa relação entre cruzeirenses e flamenguistas. Assim, não haveria a necessidade de colocar um cordão de isolamento que deixem as duas torcidas tão distantes.
“No Maracanã, a torcida do Cruzeiro ficou separada da torcida do Flamengo apenas por tapumes. Não houve nenhuma confusão. Acreditamos que podemos fazer o mesmo no Mineirão”, afirmou Lorêdo ao Superesportes.
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Caso tenha sucesso na reunião com a PM, o clube "ganharia" 2.600 lugares nos setores “Laranja Inferior” (R$ 120) e “Laranja Superior” (R$ 100). As entradas seriam comercializadas apenas para os sócios do futebol. Associado “Cruzeiro Sempre” teria 50% de desconto, “Papafilas” 10% e “Time do Povo” pagaria valor integral.
Chefe da sala de imprensa da Polícia Militar, o major Flávio Santiago confirmou à reportagem a reunião entre a corporação com Cruzeiro e Minas Arena. “Está marcada amanhã uma reunião com a Minas Arena, Polícia Militar e representantes do Cruzeiro. A reunião vai tratar de questões de estruturação física e operacional do jogo”, disse Santiago, sem dar detalhes sobre o pedido do clube para o aumento no número de ingressos.
“Essa reunião foi marcada pela equipe do Cruzeiro. Minas Arena e Polícia Militar estão comparecendo para entender algumas coisas da equipe. A partir de amanhã que teremos condições de entender o que se propõe”, acrescentou.
Condições atuais
Nas condições atuais, o Cruzeiro teve direito a aproximadamente 54 mil ingressos, dos quais 5.354 foram repassados ao Flamengo como carga de visitante. A Minas Arena, por sua vez, comercializou 491 de suas 8 mil entradas para os rubro-negros.
O bilhete mais barato custou R$ 100 (Amarelo Inferior e Laranja Inferior, por preço de inteira). O mais caro R$ 20 mil (camarote de 20 lugares vendido pela Minas Arena).
Outra possibilidade de o clube reabrir a comercialização dos bilhetes é com possíveis desistências de sócios cativos, que têm entradas garantidas para todos os jogos. Eles teriam de informar por meio do aplicativo oficial do programa o não comparecimento ao estádio no dia 27 de setembro.
Iniciada há uma semana, a venda foi feita de modo escalonado, com quantidade específica de ingressos por dia. O Cruzeiro adotou esse procedimento para que todos os sócios pudessem ter o direito de comprar os tíquetes. Em função do bom resultado no primeiro jogo – empate por 1 a 1, quinta-feira passada, no Maracanã –, a procura ficou ainda maior. Por isso, muitos dos 62.672 associados ficarão de fora da decisão.
Recorde
Considerando a possível a carga extra, o Cruzeiro tem chance de bater o recorde de público da história do novo Mineirão, que pertence ao fatídico jogo entre Brasil e Alemanha, pela semifinal da Copa do Mundo de 2014. No dia 8 de julho, 58.141 pessoas assistiram ao atropelo dos alemães sobre a Seleção Brasileira: 7 a 1.
Se levados em conta apenas duelos entre clubes, o recorde foi registrado na vitória do Cruzeiro sobre o Grêmio por 3 a 0, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2013 – 56.864 pagantes. Na rodada seguinte, o time celeste bateu o Vitória por 3 a 1, no Barradão, e conquistou o título nacional.
Dos 20 maiores públicos do novo Mineirão, 11 foram contabilizados em jogos entre seleções, quatro em partidas do Cruzeiro, quatro em compromissos do Atlético e um em clássico entre os arquirrivais mineiros. Veja os 20 maiores públicos do novo Mineirão