O estádio recebeu quatro mil torcedores em uma tarde festiva que, além da inauguração, celebrava o 20 de setembro – data que marcava a unificação da Itália, bastante celebrada pela colônia italiana na capital mineira. Por ser o visitante, o Flamengo recebeu das mãos dos dirigentes mineiros a Taça 20 de Setembro. Os jornais da época já ressaltavam o clima amistoso e de respeito mútuo entre os clubes.
“Para maior brilho do festival, concorreu muito a visita do Club de Regatas Flamengo, o sympathico campeão de terra e mar do Rio de Janeiro, que atendendo ao convite do Palestra, veio a esta capital jogar uma partida, com o quadro palestrino”, destacou o periódico carioca O Paiz, de 27 de setembro de 1923, citando nota publicada anteriormente no jornal Minas Geraes. “A festa sportiva que o Palestra-Itália proporcionou ante-hontem, em nossa capital, solemnizando a inauguração de sua praça de desportos foi, sem contestação e exagero, uma das mais brilhantes e de maior concorrência que temos assistido”, completou.
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A tarde foi de festa. De São Paulo, vieram atletas do outro Palestra Itália, o Palmeiras, como Heitor, Bianco, Gasparini, Fabbi, Loschiavo e Severino, que eram sócios honorários do Palestra mineiro, além do astro Friedenreich, do Paulistano. Segundo o Almanaque do Cruzeiro, Gasparini, Severino e Heitor reforçaram o time mineiro.
Heitor, aliás, marcou um dos gols dos mineiros, que chegaram ao empate com Ninão (duas vezes). Benevenuto, Agenor e Mário marcaram para o rubro-negro. “Os rapazes do Flamengo, durante os três dias em que estiveram nesta capital, foram alvo das mais carinhosas homenagens por parte da directoria e sócios do Palestra-Itália e do América e de outros clubs”, concluiu a matéria.