“Quando a gente começou o ano, tanto o Tinga como o Klauss me alertaram muito sobre isso. O Klauss viveu isso no Fluminense. E o Tinga me disse que viveu isso até como torcedor, no ano passado, no Internacional. Modéstia à parte, conseguimos blindar jogadores e comissão técnica sobre isso. Ontem (quarta-feira) o Dudu (Eduardo Silva, preparador físico) me chamou, disse que acompanhava no noticiário que a política do clube está muito complicada, mas aqui dentro na Toca a gente não discute muito isso. Está sendo um ano político muito difícil”, analisou.
“Eu, quando entrei como vice de futebol, achei que nossos maiores desafios seriam contra outros times. Infelizmente, esse ano tem mostrado muitas coisas que a gente prefere nem falar. Ontem (quarta-feira) cheguei no absurdo de ver gente comemorando gol do Palmeiras, gente que se diz cruzeirense. Não consigo admitir isso como torcedor. Mas são coisas que, quem ama futebol, tem que superar. O torcedor pode ter certeza que tudo aqui está blindado, estamos unidos, trabalhando e vamos lugar até o final”, complementou.
No início das articulações para o processo eleitoral, Bruno Vicintin era tratado como potencial candidato. O estatuto do Cruzeiro, porém, impediu a candidatura do atual vice-presidente de futebol. Perguntado durante a entrevista, ele comentou como tem participado de todo esse processo. “Estou participando. Não tem nada definido. Tem duas chapas, uma da situação e uma da oposição. Tem muita gente falando em terceira via. Eu sou homem de um lado só, eu estou na diretoria e estou apoiando a chapa da situação”, disse.
“O Wagner (Pires de Sá, candidato da situação) me procurou, me falou que tinha todo interesse que eu ficasse, caso ele fosse eleito. Sinceramente, não conversei mais com ele sobre isso. Hoje minha atividade política é blindar a Toca II. Como conselheiro do clube, vou apoiar e votar no grupo político que faço parte”, complementou Vicintin.
Conforme disse o vice-presidente de futebol do Cruzeiro, já são três candidatos à presidência do clube. Sérgio Santos Rodrigues, advogado, apoiado pelo ex-presidente Zezé Perrella; Wagner Pires de Sá, lançado por Gilvan de Pinho Tavares e José Francisco Lemos; e César Masci, mandatário do clube entre 1991 e 1994. Márcio Rodrigues havia anunciado sua pré-candidatura, mas desistiu no início do mês para apoiar Pires de Sá.