Cabral recebeu a placa das mãos do vice-presidente de futebol Bruno Vicintin e falou à imprensa sobre a marca importante e o desejo de ser campeão em Belo Horizonte.
“Primeiramente quero agradecer por ter sido tão bem recebido aqui, num clube tão grande como o Cruzeiro. É uma honra chegar a 100 jogos, não é fácil, é preciso trabalhar com dedicação e respeito. A diretoria, Bruno (Vicintin), o presidente e os companheiros me ajudaram muito. Estou muito feliz por chegar a 100 jogos”, disse.
“Quero ficar aqui até me mandarem embora (risos). Quero ganhar títulos. Não vou embora sem conseguir um título. Penso que jogar é bom, mas as pessoas só vão se lembrar se a gente ganhar um título. É importante”, acrescentou o camisa 5, que está na capital mineira desde agosto de 2015, mas ainda não teve a oportunidade de comemorar a conquista de um troféu.
O centésimo jogo foi alcançado no empate por 1 a 1 com o Fluminense, na última quinta-feira, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Poupado no domingo na derrota por 1 a 0 para o Avaí, Ariel voltou em grande estilo contra o Palmeiras. Atleta de confiança do técnico Mano Menezes, o argentino protegeu bem o sistema defensivo, que praticamente não foi incomodado durante os 90 minutos. A classificação, no entanto, foi sofrida. O Verdão abriu o placar aos 25 minutos do segundo tempo em chute de fora da área do atacante Keno. O Cruzeiro só empatou aos 40 minutos, em cabeceio do lateral-esquerdo Diogo Barbosa. O 1 a 1 favoreceu o time mineiro, que havia empatado por 3 a 3 o confronto de ida, em São Paulo.
Na opinião de Ariel Cabral, o Cruzeiro mereceu a classificação na Copa do Brasil e ficou mais fortalecido para a sequência da temporada – o próximo desafio é pelo Campeonato Brasileiro, domingo, às 19h, contra o Vitória, no Mineirão. “Estávamos jogando bem. Trabalhando do jeito que estamos fazendo, chegaremos a mais jogos como esse, classificando e ganhando. Desse jeito vamos bem”.
Boas-vindas aos estrangeiros
Além do prestígio com Mano Menezes, Ariel Cabral é conhecido na Toca II por ser um bom anfitrião para os atletas estrangeiros que chegam ao grupo. Ele foi responsável por ambientar o volante Lucas Romero e o atacante Ramón Ábila – este último em fase final de acerto com o Boca Juniors. Outros gringos que já se despediram da Raposa, casos dos argentinos Sánchez Miño e Matías Pisano, também eram amigos de Cabral.
“Sim. Eu falo com todo mundo, acho que os companheiros também são boas pessoas. Isso facilita, é um grupo bom. Quando cheguei aqui, me ajudaram muito. Quero fazer o mesmo com quem chegar”, declarou o jogador, ao ser perguntado sobre o perfil hospitaleiro.
O próprio vice de futebol Bruno Vicintin revelou que Cabral teve influência na contratação de Lucas Romero, um dos atletas mais importantes do atual elenco. Os dois jogaram juntos no Vélez Sársfield. “Na contratação do Romero, cheguei a perguntar para ele o que achava do Lucas Romero. Cabral me disse que era bom jogador, que podia trazer, que ia somar muito. Quando o André Cury, intermediário da negociação, foi fazer o contato com o Romero, ele disse que queria ir para o Cruzeiro porque o Cabral falou sobre a grandeza do clube. E eu não havia pedido nada disso para o Cabral”, contou Vicintin.
Números de Ariel Cabral pelo Cruzeiro:
Jogos: 101
Gols: 3
Assistências: 5
Por temporada:
2015: 19 jogos, nenhum gol e 1 assistência
2016: 48 jogos, 2 gols e nenhuma assistência
2017: 34 jogos, 1 gol e 4 assistências
Estrangeiros:
Ariel Cabral foi o sétimo estrangeiro a completar 100 jogos pelo Cruzeiro. Também conseguiram esse feito os argentinos Roberto Perfumo (zagueiro - 141 jogos e seis gols), Juan Pablo Sorín (lateral-esquerdo - 126 jogos e 18 gols) e Walter Montillo (armador - 122 jogos e 36 gols); o chileno Maldonado (volante - 137 jogos e 4 gols); o uruguaio De Arrascaeta (armador - 124 jogos e 30 gols); e o espanhol Fernando Carazo (atacante - 113 jogos e 44 gols).