A transferência para o Boca Juniors, sonho de Ramón Ábila, ainda não está sacramentada. Embora tenha acertado com o Cruzeiro, o clube de Buenos Aires não sabe o que fazer com o centroavante, já que o treinador Guillermo Barros Schelotto não vê espaço para Ábila no grupo neste momento. Um empréstimo ao Huracán, dono de parte dos direitos, está descartado, já que Ábila não quer voltar ao Globo.Ainda não saiu no Boletim Informativo Diário (BID) a rescisão de Ábila. A imprensa argentina especula que possa haver uma reviravolta e que ele regresse ao Brasil. O Cruzeiro informa que não foi comunicado de nenhuma mudança no acordo fechado com o Boca Juniors.

O presidente do Boca, Daniel Angelici, e o mandatário do Huracán, Alejandro Nadur, se reuniram nessa segunda-feira para tratar do caso Ábila. O Boca deve assumir a dívida de US$ 1,5 milhão (R$ 4,6 milhões) do Cruzeiro com o Huracán e tem que comprar os outros 50% dos direitos por US$ 4 milhões até dezembro de 2017. Era esse o acordo com o Cruzeiro.

Mas o Boca não parece disposto a pagar os U$ 4 milhões até o fim do ano. Por enquanto, não houve acordo. Segundo a imprensa argentina, haverá uma nova reunião entre as partes.

Enquanto isso, Ábila segue parado. Ele não quer ser emprestado ao Huracán, já que rompeu com o presidente. O centroavante chegou a postar mensagens em redes sociais, recentemente, para desmentir declarações de Nadur. De acordo com a mídia argentina, outros clubes parecem interessados no futebol do centroavante, casos de San Lorenzo e Peñarol.

Apreensivo com o momento, Ábila tem se resguardado. Nos bastidores, o empresário dele, Adrián Ruocco, busca encontrar uma saída, mas tudo depende dos clubes. Os amigos do jogador com boa relação com a imprensa estão evitando dar declarações nos últimos dias por causa do desgaste do caso.
 
Por outro lado, o meia Alexis Messidoro, contrapeso da ida de Ábila ao Boca, segue na Argentina. O Cruzeiro espera a chegada dele nos próximos dias a Belo Horizonte.