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'Situação' do Cruzeiro encaminha apoio a ex-presidente do conselho fiscal para eleição

Empresário do ramo da indústria química, Wagner Pires de Sá deverá ser confirmado como candidato de Gilvan de Pinho Tavares no pleito de outubro

postado em 17/06/2017 14:33 / atualizado em 17/06/2017 14:33

Depois de muitos debates internos, Gilvan de Pinho Tavares decidiu o quadro que apoiará na eleição presidencial do Cruzeiro, marcada para o fim deste ano. Ex-presidente do Conselho Fiscal e empresário do ramo da indústria química, Wagner Antônio Pires de Sá deverá ser confirmado no início desta semana como candidato da situação. A informação foi divulgada pelo Alterosa Esporte e confirmada pelo Superesportes com o atual vice-presidente e um dos articuladores da chapa, José Francisco Lemos.

“Está caminhando para a oficialização do nome do Wagner (Antônio Pires de Sá). É bem provável e está por detalhes”, confirmou o ‘decano’ do conselho à reportagem. Wagner já havia lançado uma ‘candidatura independente’ há algumas semanas, diante da dificuldade da situação encontrar um quadro possível para as eleições. Antes de definir o nome, já estiveram na pauta de Gilvan as candidaturas de Bruno Vicintin, impossibilitado pelo estatuto do clube; Emílio Brandi, que recusou o convite em função da administração de sua empresa; e Gustavo Gatti, impedido pela família de assumir um cargo de tamanha exposição. 

Assim como havia segurança nas três tentativas anteriores, o atual mandatário acredita que Wagner é um nome de consenso e que conseguirá se eleger com a maioria dos votos. O empresário frequenta o Barro Preto há muitos anos, foi presidente do Conselho Fiscal durante gestões de Alvimar e Zezé Perrella e reúne, na visão da situação, apoio de todas as alas que formam o colégio eleitoral. É o único perfil capaz de aglutinar essas forças, garantem seus pares. A reportagem ouviu conselheiros de diferentes alas, que reafirmaram a simpatia pelo nome. Um deles afirmou que o empresário tem “perfil mais arrojado do que o de Gilvan”.       

Wagner Antônio Pires de Sá, 76 anos, é formado em economia. Trabalhou na Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEMIG) e na Secretaria da Fazenda do Governo de Minas Gerais, quando participou das negociações que trouxeram a FIAT para Minas Gerais. Depois, foi nomeado assessor econômico da Vale, então Vale do Rio Doce. Presidiu a Fundação Vale do Rio Doce no período em que esteve na companhia. Hoje, é sócio-diretor da Lagos Indústria Química, empresa produtora de carbonato de cálcio, localizada em Arcos, Região Centro-Oeste de Minas Gerais. 

A história de Wagner no Cruzeiro teve início nos anos de 1990, quando foi diretor de planejamento na gestão de Benito Masci. Em 1992, se tornou conselheiro nato do clube. Participou por nove anos do Conselho Fiscal, durante as presidências de Zezé e Alvimar Perrella, sendo três deles como presidente. Em 1966, a pedido de José Francisco Lemos, Wagner foi autor do Plano Diretor ecônomico-financeiro para viabilizar a continuidade e construção da Sede Campestre do Cruzeiro.  

Formação da chapa

A reportagem apurou que o anúncio ainda não foi realizado porque Gilvan, José Francisco Lemos e o próprio Wagner ainda discutem quais são os melhores nomes para a formação da chapa. O debate não deve se esticar muito, uma vez que o objetivo do atual presidente é anunciar seu apoio no mais tardar até o fim da próxima semana. A tendência é que o atual diretor financeiro, José Ramos de Araújo, e o superintendente administrativo de futebol de base, Hermínio Francisco Lemos (esse ainda mais certo), sejam primeiro e segundo vices, respectivamente. 

Além da chapa que deverá ser anunciada na próxima semana, já se manifestaram publicamente como pré-candidatos o atacadista Márcio Rodrigues, atual 2º vice na gestão de Gilvan; Sérgio Santos Rodrigues, ex-superintendente de futebol e nome apoiado por Zezé Perrella, além do ex-presidente César Masci. O último já trabalha internamente a hipótese de fazer parte da coalização defendida por Gilvan. 

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