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Mudança de estatuto esfria, e 'situação' do Cruzeiro debate nome preferido para eleição

Grupo de Gilvan intensificou articulação para definir candidato em outubro

postado em 09/06/2017 17:52 / atualizado em 09/06/2017 17:53

Alexandre Guzanshe/EM/D.A. Press
Esquentaram, definitivamente, as articulações para a eleição que definirá o próximo presidente do Cruzeiro. Depois de Sérgio Rodrigues, César Masci e Márcio Rodrigues oficializarem suas pré-candidaturas, Gilvan de Pinho Tavares acelerou as reuniões com seu grupo político para definir quem apoiará em outubro. Internamente, os nomes favoritos começam a aparecer, mas todos eles ainda enfrentam algum tipo de resistência, seja no clube ou por razões pessoais.

O que está praticamente definido é que o presidente do Cruzeiro não convocará a Assembleia Geral, um dos órgãos do clube e responsável por votar uma possível mudança de estatuto. Assim, Gilvan já descarta logo de cara dois de seus nomes favoritos para sucedê-lo: Bruno Vicintin, atual vice-presidente de futebol, e Pietro Sportelli, presidente de uma grande empresa do ramo de sistemas automotivos. Ambos necessitam de ajustes na ‘constituição’ do clube para que sejam candidatos.

Durante a semana, o Superesportes ouviu pelo menos oito integrantes da alta cúpula do grupo político de Gilvan sobre possíveis indicados. Os favoritos são Gustavo Gatti, atual segundo secretário do conselho deliberativo e empresário do ramo de engenharia, e Emílio Brandi, sobrinho do ex-presidente celeste Felício Brandi, diretor-presidente da Associação Comercial da Ceasa-MG e atacadista. Por um lado, Gatti aceitaria o desafio de se dedicar integralmente ao Cruzeiro, mas sofre forte resistência da família, preocupada com a exposição que o cargo provocaria. “Existem outros bons nomes”, desconversou o engenheiro. É quase certo que, se não como líder, ele integrará a chapa como primeiro ou segundo vice-presidente.  

Já Brandi diz não estar preparado para assumir tamanha responsabilidade. “Estou ciente do desejo do grupo. Já tive vários pedidos de conselheiros, tenho recebido inúmeras ligações, principalmente desde que o Zezé desistiu da candidatura dele. Posso colaborar com a gestão, mas me candidatar à presidência, neste momento, não tem chance. Não estou preparado para isso. Tenho a família, meus negócios, não posso me afastar da empresa. Pelo tamanho do Cruzeiro, isso exige dedicação quase que exclusiva”, disse o empresário à reportagem.  

Reprodução Internet
A apuração do Superesportes dá conta de que o grupo capitaneado por Gilvan e por José Francisco Lemos, atual vice-presidente, tem o apoio de empresários influentes como os supermercadistas Alexandre Poni e Pedro Lourenço, além de Paschoal Costa, da indústria de alimentos. Os dois últimos são, atualmente, patrocinadores do Cruzeiro. Velho conhecido do torcedor, Pedro Lourenço se recusa a disputar a eleição por priorizar a  administração de seus negócios. “Eu vou de Emílio Brandi”, afirmou, em tom bem humorado, na tentativa de convencer o amigo.

Nome que foge do ‘perfil empresarial’, mas que reúne apoio de diferentes alas do conselho, Hermínio Lemos é bem visto pela ‘situação’. Ele já foi convidado por outros postulantes para formar chapa, casos de Márcio Rodrigues e Ronaldo Granata, que ainda estuda sua participação no pleito. Hermínio afirma, no entanto, que o nome do candidato ainda é uma incógnita. “Querer, muita gente quer. Mas ainda não há nome. Definitivamente, nosso grupo não escolheu. Existem boas opções”, disse, seguindo o discurso de seus pares.

A expectativa é de que o nome e a composição da chapa sejam definidos em até 15 dias. Os conselheiros do grupo de Gilvan lamentaram que as articulações tenham ganhado desdobramentos decisivos "tão cedo", a quatro meses do pleito, mas são praticamente unânimes de que há urgência para definição do candidato. “Sei que vamos encontrar alguém que tenha capacidade de unir o conselho, talvez algo próximo de 90%. Ainda mais agora, com a desistência do Zezé”, afirmou Brandi.

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