O jogo
Com muitas mudanças na formação, o Cruzeiro teve começo absolutamente desastroso contra o Bahia. Talvez os piores 20 minutos inicias do time na temporada. Aos 3’, Leo cometeu falha bisonha e quase entregou o gol ao adversário. O árbitro, porém, viu toque de mão de Zé Rafael na dividida. Aos 7’, foi Diogo Barbosa que se complicou na tentativa de sair jogando e cedeu escanteio ao rival. Dois minutos depois, o primeiro grande castigo. Improvisado na zaga, Henrique – escolhido por Mano para substituir Dedé, com desgaste físico – precisou corrigir erro de passe de Leo e parou Edigar Junio com falta na entrada da área. Como era o último homem, foi expulso por Wagner do Nascimento Magalhães.
Com um jogador a mais e dono das principais ações do jogo, rodando a bola com técnica, o Bahia não demorou a abrir o placar. Zé Rafael, jogador mais criativo do Tricolor na partida, encontrou Allione na esquerda e o argentino serviu Edgar Junio na pequena área. O atacante se antecipou ao goleiro Fábio e marcou de cabeça. 1 a 0. Aproveitando o meio-campo do Cruzeiro completamente desorganizado, o Bahia avançou a linha de marcação e controlou a posse de bola – chegou a ter 65%. Mano, que havia deslocado Ariel Cabral para a zaga depois da expulsão de Henrique, precisou retornar com o argentino para sua função de origem e substituir Ramón Ábila por Murilo Cerqueira, jovem zagueiro da base, preterido na formação inicial do time.
Com a mudança, realizada aos 31’, o Cruzeiro conseguiu equilibrar o jogo pela primeira vez. Quatro minutos depois da alteração, o time teve sua primeira e única oportunidade na etapa inicial. Alisson fez boa jogada pela esquerda e deu assistência para Robinho. A finalização do meio-campista parou nas mãos de Jean. Na volta do intervalo, sem deixar de propor e marcando em linha média, o time teve capacidade de manter a constância. Aos 15’, Thiago Neves perdeu chance rara. O camisa 30 recebeu de Robinho na pequena área, venceu o arqueiro baiano na finalização, mas teve a bola rebatida pelo zagueiro Matheus Reis, quase dentro do gol.
Surpreendentemente, quem manteve volume e controlou as ações ofensivas foi o Cruzeiro. Principalmente sob o comando de Robinho, muito participativo em seu retorno como titular do time. O Bahia conseguiu aproveitar um contra-ataque, aos 27’. Matheus Reis cruzou da esquerda e Murilo quase marcou contra. A bola bateu na trave. Cedendo mais espaços, naturalmente, Mano Menezes viu o Bahia crescer novamente diante do desgaste da equipe celeste, que perdeu Thiago Neves e Robinho justamente por cansaço.
BAHIA 1X0 CRUZEIRO
Bahia
Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Júnior e Juninho; Zé Rafael, Allione (Mendoza) e Vinícius (Gustavo Ferrareis); Edigar Junio. Técnico: Jorginho
Cruzeiro
Fábio; Ezequiel, Leo, Henrique e Diogo Barbosa; Lucas Romero e Ariel Cabral; Robinho (Elber), Thiago Neves (Rafinha) e Alisson; Ramón Ábila (Murilo Cerqueira). Técnico: Mano Menezes
Gol: Edgar Junio (17’1ºT)
Cartões amarelos: Ramón Ábila, Ezequiel (Cruzeiro); Renê Júnior, Vinícius, Eduardo, Tiago (Bahia)
Cartão vermelho: Henrique (aos 9’1ºT)
Motivo: 5ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Arena Fonte Nova, em Salvador-BA
Data e horário: quinta-feira, 9 de junho de 2017, às 21h
Árbitro: Wagner do Nascimento Magalhães
Assistentes: Rodrigo F. Henrique Corrêa e Thiago Henrique Neto Corrêa Farinha