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Mano compara rivalidades em Minas e no Rio Grande do Sul e critica FMF: 'Não é choro'

Para o técnico, Cruzeiro precisa de mais representatividade na Federação

postado em 31/05/2017 15:08 / atualizado em 31/05/2017 15:19

Washington Alves/Cruzeiro
Mano Menezes fez história no comando do Grêmio. Recolocou o clube na elite do futebol nacional após a épica “Batalha dos Aflitos” e colecionou clássicos decisivos contra o Internacional. Anos depois, tenta construir uma boa imagem no Cruzeiro. Somadas as duas passagens por Minas Gerais, são mais de 14 meses de trabalho - tempo suficiente para o treinador classificar, atualmente, a rivalidade com o Atlético como “maior” que a Gre-Nal.

“[As rivalidades] são muito parecidas, mas hoje a rivalidade Atlético x Cruzeiro está maior que a rivalidade Gre-Nal”, disse Mano Menezes durante longa entrevista à ESPN, que foi ao ar nessa terça-feira.

O treinador dirigiu o Grêmio entre 2005 e 2007. No período, conquistou a Série B e dois Estaduais. Chegou à final da Copa Libertadores de 2007, mas foi derrotado pelo Boca Jrs.

No Cruzeiro, Mano ainda não conquistou títulos, mas se notabilizou por formar times competitivos. ‘Salvou’ a equipe de rebaixamentos em 2015 e em 2016. Nesta temporada, perdeu para o Atlético a decisão do Campeonato Mineiro.

Mano avaliou que a derrota na final foi justa, mas criticou severamente a Federação Mineira de Futebol (FMF). Recentemente, a entidade tomou decisões que irritaram diretoria e torcida do Cruzeiro.

"Hoje, em Minas Gerais, a força política dentro da Federação está desequilibrada. Acho que o Cruzeiro precisa ter mais representatividade dentro da Federação Mineira", disse o treinador, que comparou a FMF com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF).

“No Rio Grande do Sul, o presidente [Francisco Novelleto Neto] é torcedor e conselheiro do Internacional. Mas a postura dele é mais equânime em relação às decisões que precisam ser tomadas. Estou falando em relação às questões políticas, não estou falando às questões de campo não. Não é choro, porque aí amanhã alguém vai dizer: 'Está chorando porque perdeu o título (Mineiro)'. A gente perdeu o título dentro de campo. Estou falando em relação às questões políticas mesmo. Várias decisões durante a temporada foram tomadas, e quase nenhuma delas apontava para você dizer que era isso mesmo que tinha que fazer. E você tem que ter equilíbrio político para o bem do futebol. Não é para beneficiar o Cruzeiro. Se fosse contra o Atlético, certamente as pessoas do Atlético pensariam isso”, concluiu o treinador.

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