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Botafogo diz que precisa de um atacante em troca por Sassá com o Cruzeiro

Marcos Vinícius, da Raposa, não empolga a diretoria alvinegra

Thiago Madureira Tiago Mattar

Negócio do Cruzeiro pelo atacante Sassá, do Botafogo, se arrasta e pode não sair - Foto: BOTAFOGO / DIVULGAÇÃO

A negociação entre Botafogo e Cruzeiro pelo atacante Sassá retrocedeu nas últimas horas. O clube carioca, por ora, descarta negociar com o meia Marcos Vinícius e espera que a Raposa coloque à disposição um atacante para efetuar a troca.

Veja o gol da vitória do Cruzeiro sobre o Santos, no domingo:


Na última semana, o Fogão analisava o nome de Marcos Vinícius e o via com bons olhos. As tratativas evoluíram. Essa avaliação, contudo, mudou. Os responsáveis pelo futebol do clube do Rio entendem que já existem peças suficientes para posição de articulador, enquanto são poucas as opções para o ataque.

Em entrevista ao Superesportes na manhã desta segunda-feira, o presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, explicou as conversas com o Cruzeiro.

"Por ora, não houve um acerto entre os dois clubes. Difícil fazer uma previsão de se o negócio vai evoluir ou não. Temos uma relação boa com o Cruzeiro e, se possível, vamos caminhar", disse o mandatário, que comentou a situação envolvendo Marcos Vinícius.

"Ele (Marcos Vinícius) foi um dos citados, mas não houve nada definido. Olha, essa não é a posição que o Botafogo precisa. Estamos carentes de atacantes. Estamos cedendo um atacante e precisamos repor com outro atacante", explicou o presidente Carlos Eduardo Pereira.

Se o clube carioca não rever essa posição, a negociação com Marcos Vinícius está encerrada.

No entendimento do presidente Carlos Eduardo Pereira, o Cruzeiro precisa oferecer um jogador que interesse ao Botafogo e que o atleta em questão faça uma pedida salarial dentro da realidade do futebol brasileiro. "Botafogo tem ótima relação com o Cruzeiro. Agora, acho que a questão é encontrar o jogador que queremos", afirmou.

As tratativas entre Botafogo e Marcos Vinicius ganharam corpo na última quinta-feira. Como a transação seria em definitivo, detalhes burocráticos foram tratados com atenção por Guilherme Cavalcanti, agente do meia-atacante. Conforme apurou o Superesportes, o contrato acertado previa remuneração próxima do dobro do que o jogador recebe na Toca da Raposa II. O aumento estava estiupulado para acontecer gradualmente ao longo do vínculo de três temporadas.

O Cruzeiro conta com sete atacantes, entre velocistas e centroavantes: Elber, Rafinha, Rafael Marques, Alisson, Raniel, Rafael Sobis e Ramón Ábila.

Botafogo já tinha revelado que Elber era o desejo do clube. "O que emperrou o negocio foi o Elber ter pedido acima do que podemos pagar", disse o presidente do Fogão.


Sassá

Promovido ao time profissional Botafogo em 2012, Sassá disputou apenas três jogos naquela temporada, mas já deixou um gol. No ano seguinte, com poucas oportunidades, voltou a marcar apenas uma vez em 11 compromissos com a camisa alvinegra. Diante das chances escassas no Rio de Janeiro – foram seis jogos em 2014 –, Sassá foi emprestado ao Oeste, para disputa do Paulista, mas pouco fez: apenas três jogos e nenhum gol.

A vida do jovem atacante começou a ganhar novos contornos quando ganhou espaço no Náutico, ainda em 2014, também emprestado pelo Botafogo. Em um semestre no Nordeste, Sassá disputou 22 partidas e marcou nove gols e protagonizou duelos emblemáticos para sua carreira, como quando marcou os dois gols da vitória sobre o Ceará, em setembro de 2014, pela Série B do Campeonato Brasileiro.

De volta ao Botafogo, Sassá deixou de ser coadjuvante. Já em 2015, disputou 42 confrontos e deixou sua marca em 11 ocasiões. No ano seguinte, 31 jogos e 14 gols – a melhor média da carreira. Já nesta temporada, o jogador acumulou escândalos de comportamento e foi afastado em duas ocasiões pelo alvinegro. Em 2017, são 16 duelos e seis gols marcados.