O clube celeste tem dívida de US$ 1,5 milhão (R$ 4,8 milhões) pela aquisição de 50% dos direitos econômicos de Ábila. A Raposa pagou US$ 2,7 milhões em agosto de 2016, dois meses depois de anunciar oficialmente a contratação do atacante.
O responsável pela defesa do Cruzeiro na Fifa é o advogado Breno Tanure, especialista em direito desportivo internacional. Tanure está em fase de análise dos documentos para responder a intimação da Fifa.
“É um procedimento normal. A Fifa nos concedeu um prazo maior para analisar a documentação e responder”, disse, em entrevista ao Superesportes. O processo ocorre com o envio de documentação para a entidade via e-mail. Neste primeiro momento, os clubes não precisam de representantes na Suíça.
Esse processo pode demorar e levar até três anos para ser concluído, acredita o advogado. “Demora. Tem essa primeira etapa. Depois deve ouvir as partes mais uma vez. Tem a fase de apelações. É longo. Acredito que pode se estender por até três anos”, diz Tanure.
O Cruzeiro buscou entendimento com Huracán, por meio de uma proposta de refinanciamento do débito, mas o clube argentino não aceitou. O presidente do Huracán, Alejandro Nadur, chegou a classificar como "vergonhosa" a postura do Cruzeiro. Um acordo fora da Fifa é considerado difícil por causa das relação entre os clubes.
A contratação de Ábila
Em junho de 2016, o Cruzeiro adquiriu metade dos direitos do atacante argentino, de 27 anos, por US$3,82 milhões e ainda assumiu todas as taxas e impostos do negócio. Com esses encargos, o valor da transação pelos primeiros 50% dos direitos acabou acertado em US$ 4,2 milhões (R$ 13,6 milhões).Até aqui, a cúpula celeste pagou US$ 2,7 milhões, depositados em agosto, e ainda deve US$ 1,5 milhão (R$ 4,8 milhões), montante que deveria ter sido acertado inicialmente até 5 de dezembro.
Na negociação acertada pelo então diretor de futebol da Raposa, Thiago Scuro, o clube celeste se compromete a comprar os outros 50% dos direitos por US$4 milhões até dezembro de 2017.
Caso o depósito não seja realizado, o atacante terá que retornar ao time argentino imediatamente, seguindo o clube celeste como sócio do ‘Globo’ no percentual do goleador. Essa informação foi repassada ao Superesportes pelo presidente do Huracán, Alejandro Nadur.