O termo, em uma tradução semântica, é comparado a ‘monstro negro’, ou ‘asa negra’ no Brasil. O primeiro registro que se tem notícia ocorreu no Paraguai, conforme explicou ao Superesportes, o pesquisador da história do clube, Henrique Ribeiro, autor do Almanaque do Cruzeiro, em entrevista em 2011 (clique aqui e lei a entrevista).
“La Bestia Negra” ganhou grande aceitação e foi adotada pela torcida do Cruzeiro. Quando o termo é digitado na página de busca Google, os resultados encontrados remetem ao clube celeste. Virou até letra de música: “Dizem que somos loucos da cabeça/Amamos o Cruzeiro, é o que interessa/O mundo inteiro teme la 'Bestia Negra'/Seremos campeões e não se esqueça”, diz trecho da canção “Nós somos loucos, somos Cruzeiro”.
Rivais históricos, Cruzeiro e Olimpia voltaram a se enfrentar em 1991, 1992, 1994 e 1995. Em 1994, quando se enfrentaram de novo pela Supercopa, o time paraguaio novamente venceu o primeiro jogo por 2 a 0. Mas o Cruzeiro emplacou 4 a 0 na segunda partida, eliminando o Olímpia pela quarta vez consecutiva de uma competição internacional e selando a fama celeste de time copeiro. Por isso, o termo “La Bestia Negra” ganhou muita força.
De modo geral, o Cruzeiro ostenta grande vantagem em partidas contra equipes do Paraguai. Em 25 embates, foram 16 vitórias azuis, sete empates e apenas duas derrotas. São 52 gols marcados e 23 sofridos.
Vale ressaltar que a imprensa chilena é a que mais alimenta esse apelido, utilizando-o sempre que o clube celeste volta ao país andino. Muitos torcedores, inclusive, acreditam que o termo nasceu em Santiago, embora não haja confirmação disso pelos historiadores do clube.
Nesta quarta-feira, o Cruzeiro enfrenta o Nacional para confirmar a grande hegemonia celeste contra os clubes paraguaios. Será, também, a tentativa de resgatar o prestígio internacional, momento ideal para o ressurgimento da “Bestia Negra”.