“Nós precisávamos encontrar um pouquinho de equilíbrio novamente, pois tínhamos perdido um pouco. E a estrutura da equipe é essa. A escolha do Rafinha, em vez de iniciarmos com o Ábila como fizemos no jogo de segunda-feira em Uberlândia, foi exatamente no sentido de preservar essa estrutura. Rafinha era o jogador que mais se aproximava para fazer a meia-ponta na ausência do Robinho”, afirmou.
O resultado no Mineirão não interferiu na tabela do Mineiro. O Atlético seguiu na liderança, com 27 pontos, enquanto o Cruzeiro manteve a segunda colocação, agora com 24. Para Mano Menezes, entretanto, o fato isolado de ganhar do maior rival já é suficientemente grande para comemorar o resultado de maneira enérgica.
“Fomos jogar um jogo grande, e todos disseram que era diferente e especial.
Ao fazer um balanço sobre os 90 minutos, Mano também destacou o comportamento defensivo do Cruzeiro - que foi bem na marcação e dificultou as infiltrações do Atlético em sua área - e os lances de agilidade que originaram os gols de Thiago Neves, no primeiro tempo, e Arrascaeta, na etapa final.
“Esperávamos uma equipe, pelo que vem demonstrando, que se projetasse dentro do nosso campo. Sabíamos que o jogo seria jogado assim. E eles vêm fazendo com competência e qualidade. Então teríamos de apresentar, dentro deste jogo, variações de jogada. E uma delas surtiu efeito logo no começo do jogo: que é você retomar a bola, fazer a transição rápida e chegar contra uma equipe que se expõe dentro do teu campo com superioridade numérica para definir. Foi assim que fizemos o primeiro gol. Depois, o jogo se tornou mais parelho, com o Atlético levemente melhor, com volume, mas com a gente controlando esse volume. Nesse período só teve um chute a gol – e de bola parada, com o Otero, em que o Rafael fez a defesa. Com a bola rolando, a equipe estava muito bem posicionada, não deixou uma equipe de qualidade trabalhar bem a bola e entrar na nossa última linha do sistema defensivo. É mérito nosso, melhoramos nesse aspecto, o que me deixa muito feliz. É o segundo clássico que a gente joga e essa situação se repete.
A última derrota do Cruzeiro para o Atlético foi no dia 19 de abril de 2015 - 2 a 1, no Mineirão, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Mineiro. Como as equipes só podem se reencontrar numa eventual decisão (30 de abril e 7 de maio), o tabu celeste completará dois anos em menos de três semanas.
Mano Menezes afirmou que o time está no caminho certo, mas ainda precisará evoluir na sequência do ano. “O mais importante é a vitória. Quando ganhamos o primeiro clássico, disseram que era pré-temporada. Agora não é mais pré-temporada para ninguém.
Depois de ganhar o segundo clássico do ano - já havia levado a melhor na rodada de abertura do Grupo C da Primeira Liga, em 1º de fevereiro (1 a 0) -, a Raposa passa a pensar na Copa Sul-Americana. Na terça-feira, às 21h45, o adversário será o Nacional do Paraguai, no Mineirão, pelo jogo de ida da primeira fase.
Série invicta do Cruzeiro nos clássicos
Atlético 1x3 Cruzeiro - Independência (06/06/2015) - 6ª rodada do Brasileiro
Cruzeiro 1x1 Atlético - Mineirão (13/09/2015) - 25ª rodada do Brasileiro
Atlético 0x1 Cruzeiro - Independência (27/03/2016) - 9ª rodada do Mineiro
Atlético 2x3 Cruzeiro - Independência (12/06/2016) - 7ª rodada do Brasileiro
Cruzeiro 1x1 Atlético - Mineirão (18/09/2016) - 26ª rodada do Brasileiro
Cruzeiro 1x0 Atlético - Mineirão (01/02/2017) - 1ª rodada do Grupo C da Primeira Liga
Cruzeiro 2x1 Atlético - Mineirão (01/04/2017) - 10ª rodada do Mineiro
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