“Até na diplomacia existe o princípio da reciprocidade. Essas picuinhas não ganham jogo, mas o Cruzeiro tem direito a usar o princípio da reciprocidade, até em respeito à nossa torcida. A torcida do Cruzeiro sofre muito no Independência, um estádio que a própria Polícia Militar já disse que não tem condições de receber jogos grandes. Essas coisas no clássico de proibição de mascote, bandeira e instrumentos foram criadas pelo nosso rival. Então estamos fazendo reciprocidade”, explicou Vicintin.
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Clássico com torcidas meio a meio?
O desejo de Bruno Vicintin, aliás, é que todos os clássicos fossem disputados com torcidas divididas meio a meio no Mineirão - a exemplo do ocorrido no duelo válido pela rodada de abertura do Grupo C da Primeira Liga, em 1º de fevereiro (vitória celeste por 1 a 0).
"Sempre fui a favor de clássico com torcida dividida. Cresci assim. Vivi momentos como torcedor e agora no começo do ano como dirigente. Posso falar em nome do Cruzeiro – até conversei com o presidente Gilvan: caso nosso rival aceite, no futuro podemos ter jogos com torcida dividida meio a meio no Mineirão".
Entretanto, o vice de futebol cruzeirense entende que o Atlético deveria firmar um compromisso para a viabilização da ideia de compartilhar o Gigante da Pampulha e teria de abrir mão de mandar suas partidas no Independência. "O que não pode é jogar no Mineirão meio a meio e no Independência com apenas 10% de cruzeirenses”, pontuou Vicintin.
Conforme acordado para o jogo de sábado, os cruzeirenses têm direito a 51.300 lugares (90%), enquanto os atleticanos ficam com 5.700 (10%).