Mas Cabral e Lucas Silva podem jogar juntos? Sim. Na partida dessa quarta-feira contra o São Francisco-PA, os dois atuaram ao mesmo tempo. Mas não é essa a ideia do treinador, que considera Henrique titular absoluto.
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Uma das críticas mais recorrentes ao volante argentino é quanto ao pequeno número de desarmes. Em 2017, Cabral mostrou que pode, sim, ser um ‘cão de guarda’ - mesmo sem a cara de ‘durão’.
Ele é o maior ‘ladrão’ de bolas do Cruzeiro na temporada. Foram 20 desarmes em oito jogos no total. A melhor atuação nesse sentido foi contra o São Francisco-PA. Na ocasião, Ariel retomou a posse oito vezes - mesmo número que todo o time paraense.
Ligação
Ariel Cabral aparece pouco em lances decisivos. O número de gols e de assistências é baixo. Entretanto, o argentino é fundamental na função de construir o jogo cruzeirense.
Se considerados apenas os números do Campeonato Mineiro, o camisa 5 é o segundo jogador de elenco com mais passes certos (150) - atrás apenas do zagueiro Leo (194). Ariel, no entanto, errou 18 vezes esse fundamento - o maior número do time.
Para um volante, estar no topo dos dois rankings significa ser participativo. E é justamente isso que cobra Mano Menezes. Quase sempre pelo chão, Ariel Cabral é fundamental na construção do jogo técnico e de posse de bola do Cruzeiro.
Homem de chegada
O argentino nunca se provou muito habilidoso no ataque. Em 2017, isso não mudou. No entanto, Cabral tem conseguido aparecer bem no setor ofensivo do campo (veja acima). O primeiro gol do Cruzeiro na temporada, por exemplo, foi marcado por ele.
Um dos pedidos de Mano Menezes para os volantes do time é justamente a chegada na área adversária. E Ariel Cabral tem obedecido o treinador. Mas, para manter lugar no time, o argentino precisará ser mais participativo nos lances decisivos - passes para finalizações, assistências e gols.
Moral com o chefe
O bom desempenho estatístico de nada adiantaria se Mano Menezes não reconhecesse em Ariel Cabral uma peça importante para a equipe. Repetidas vezes, o treinador elogiou o comandado. E o argentino agradece.
“A confiança do treinador é boa. Ele confia em mim e eu tenho que demonstrar isso dentro de campo”, disse Cabral em entrevista coletiva no início de fevereiro.
Desde a primeira passagem de Mano no Cruzeiro, em 2015, o camisa 5 é titular. E assim seguirá se mantiver as atuações seguras.
*Dados coletados pelo Footstats