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Thiago Neves, Robinho, Arrascaeta e Rafael Sobis: o que mudou no ataque do Cruzeiro

Em busca do time ideal, Mano promoveu alterações no quarteto ofensivo

João Vítor Marques
Robinho, Sobis e Thiago Neves (foto) se juntam a Arrascaeta no quarteto ofensivo titular do Cruzeiro - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PressNo início da temporada, Mano Menezes prometeu: o Cruzeiro de 2017 seria agressivo, abusaria da troca de passes e mandaria nos jogos. Foram apenas oito partidas disputadas até aqui, mas o treinador tem cumprido a palavra. Muito em função, claro, do desempenho do quarteto ofensivo formado por Robinho, Arrascaeta, Rafael Sobis e Alisson (que deu lugar a Thiago Neves nessa quarta-feira).
Mas, afinal, o que mudou no ataque do Cruzeiro? Mano Menezes tem promovido alterações - tanto de nomes, quanto de posicionamento. Tudo isso em busca do time “ideal”.

“A gente está se encaminhando para uma formação ideal. Vai ter variações. Mas todo time vencedor tem uma formação base. Então, nós também vamos ter”, disse o treinador.

Primeira formação


Nos primeiros jogos do ano, Mano Menezes escalou a segunda linha de meio-campo com Robinho pela direita, Arrascaeta centralizado e Alisson na esquerda. Rafael Sobis atuou adiantado, como “falso 9”.

Alisson e Robinho tinham a função de auxiliar na frente e, sem a bola, ajudar os laterais na defesa. O camisa 19 contava com mais liberdade para se deslocar para o meio, armar o time e arriscar finalizações de média distância.

Arrascaeta desponta quase como um segundo atacante - ainda que centralizado. Mais livre, trocava de posição com Sobis. Apesar das funções definidas, os quatro jogadores tinham espaço e era incentivados a trocar de posições.

Mudanças


Mano Menezes busca Cruzeiro 'ideal' - Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A PressPara o jogo contra o São Francisco-PA, Mano Menezes promoveu alterações. A principal delas foi a entrada de Thiago Neves no lugar de Alisson. E o estreante da noite foi bem, deu duas assistências e marcou um gol mal anulado.

“O primeiro jogo é um pouquinho mais difícil, mas se entenderam bem. Já vinham fazendo isso nos treinamentos”, disse Mano.

Mas as trocas não foram apenas de nomes. Robinho passou a jogar pelo meio, enquanto Thiago Neves atuou na direita e Arrascaeta na esquerda. Inicialmente, Sobis seguiu como “falso 9”.

Mano Menezes explicou por que escalou Robinho centralizado, numa função em que Arrascaeta se destacou.
 
“Ele era o terceiro jogador, já mais próximo de Henrique e Sobis. Nos dois jogos anteriores, a gente se afastou um pouco ali no setor e sobrecarregou os volantes. Nossos volantes correram muito, deram muito combate, recuperaram poucas bolas. Com o Robinho por dentro, Ariel já voltou a recuperar muitas bolas no setor de meio-campo”, disse.

De fato. O volante roubou impressionantes oito bolas - o mesmo número de todo o time do São Francisco.

“É importante a gente fazer a retomada da bola ali, para estar mais próximo de organizar o ataque de forma rápida”, completou o treinador, que ressaltou a relevância da marcação pressão do Cruzeiro.
Movimentação de Sobis: mesmo com posição centralizada, atacante apareceu e várias partes do ataque - Foto: Reprodução/Footstats
A troca de posições, mesmo com as mudanças de nomes, segue importante. Sobis jogou como centroavante na vitória por 6 a 0 dessa quarta. Ainda assim, apareceu muitas vezes recuado pelo lado esquerdo (como mostra o mapa de calor acima).

Arrascaeta se movimentou constantemente e esteve em todas as partes do ataque. Robinho e Thiago Neves também. Alisson entrou no segundo tempo e teve movimentação mais concentrada pelo lado esquerdo.

Mano Menezes não confirmou qual será o time titular para a próxima partida do Cruzeiro. O certo é que as ordens para o ataque são:

  1. Sem a bola: marcar pressão, desarmar e partir em direção ao gol com velocidade;
  2. Com a bola: trocar passes e posições para, assim, envolver o adversário e chegar ao gol.