O agora senador pelo PMDB publicou no Twitter trecho da resposta em que Adilson diz que “muita gente da mídia tem raiva do Cruzeiro” (veja no vídeo abaixo), acompanhado da frase “vale a pena recordar”.
Vale a pena recordar... pic.twitter.com/KuVLCDi0E2
%u2014 Zeze Perrella (@zezeperrella) 6 de fevereiro de 2017
“Não tem essa vontade, essa ganância de ganhar do time de grande parte da mídia, que gosta do Atlético. Acho que muita gente da mídia tem raiva do Cruzeiro, ódio do Cruzeiro. Isso é o que eu penso. Eu sou profissional, respeito o outro lado. Mas eu vejo grande parte da mídia que tem ódio do Cruzeiro. O Cruzeiro incomoda muita gente, porque não é fácil chegar em quatro Libertadores, disputar Mundial, chegar em Brasileiro, ganhar Copa do Brasil. Então, quando vêm enfrentar o Cruzeiro, vêm com respeito”, disse o ex-treinador do Cruzeiro em 2010.
Na ocasião, o repórter questionou se Adilson sentia o mesmo que sente um cruzeirense ao ganhar do Atlético e se havia “raiva” da equipe alvinegra. O treinador negou e, logo em seguida, ‘cutucou’ a imprensa.
Caso Mano
A polêmica voltou à tona em 2017. Em 29 de janeiro, momentos após a estreia vitoriosa do Cruzeiro no Campeonato Mineiro sobre o Villa Nova, Mano Menezes deu declarações que foram interpretadas como ‘indiretas’ ao Atlético (veja no vídeo acima).
“A vitória foi limpa, o que sempre deixa a gente contente, pois o gol foi natural, certinho, não teve pênalti duvidoso, nada. Isso me deixa tranquilo”, disse o treinador um dia depois do triunfo alvinegro sobre o América-TO, concretizada após um pênalti polêmico sofrido e convertido por Fred.
A polêmica resposta repercutiu. O presidente Daniel Nepomuceno disse que o Atlético deveria “se preocupar com a Libertadores” - competição que o Cruzeiro não disputará em 2017. Bem humorado, Fábio Santos também comentou.
“Ele [Mano] gosta desse tipo de declaração. Já brinquei com ele. Além de ser excelente treinador, eu não sabia desse lado dele de comentarista de arbitragem”, disse, aos risos, o lateral.
Após a repercussão, Mano Menezes despistou e disse que a declaração não havia sido endereçada ao Atlético.
"Quando eu fiz a avaliação sobre o jogo, logicamente eu estava fazendo uma avaliação sobre o jogo do Cruzeiro. Não citei o nome do Atlético. Quando eu quiser falar sobre o Atlético, eu vou falar 'Atlético'. Se serviu o chapéu para alguém, não é problema nosso", disse.
Imprensa
Os jornalistas entraram em cena nesse domingo, após a vitória do Cruzeiro sobre o Tricordiano por 2 a 1. O gol da vitória, marcado por Ábila, ocorreu num lance em que o centroavante argentino estava impedido. Além disso, a arbitragem não assinalou pênalti favorável ao time de Três Corações.
Questionado se a vitória do Cruzeiro havia sido “limpa” - palavra utilizada após a primeira partida do time no Campeonato Mineiro -, o treinador criticou a imprensa (veja no vídeo acima a partir do segundo 50).
“Eu já imaginava que alguém ia vestir a camisa e fazer uma pergunta desse nível. A gente já sabe de onde vêm as coisas aqui. Eu cheguei, sou novo, mas já tenho uma ideia da aldeia. Como você mesmo disse, o lance do impedimento é um lance de computador. Mas eu respeito sua opinião, da mesma maneira que eu respeitei a opinião das pessoas que tiveram opinião contrária a minha aquele dia. Não sei se alguém se ofendeu. Não era para ninguém se ofender, nem da imprensa, nem de outros clubes. Acho que a arbitragem não foi boa, porque aconteceram dois lances de impedimento que o auxiliar se enganou no primeiro tempo e que nós iríamos entrar na cara do gol e poderíamos ter aberto uma vantagem muito cedo muito maior. E essas coisas realmente acontecem em outros jogos e no nosso”, defendeu-se o treinador.
Também no domingo, o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cunha, usou o Twitter para provocar o treinador do Cruzeiro e ironizar a quantidade de torcedores que foi ao jogo contra o Tricordiano e as polêmicas de arbitragem no duelo.
A vitória foi "limpa" e o "povão presente"... rs pic.twitter.com/wSLaLi80UL
— Lásaro Cândido (@lasaroccunha) 5 de fevereiro de 2017