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A trajetória de Perfumo no Cruzeiro não foi repetida pelos seus sucessores. Arnaldo Espínola, contratado em 1999 por empréstimo ao Internacional, chegou a ser titular em algumas partidas, mas sem empolgar a torcida. Em 35 jogos, o paraguaio marcou um gol – na vitória por 4 a 1 sobre o Botafogo, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Posteriormente, foi devolvido ao Inter, que o liberou para retornar ao seu país. Espínola encerrou a carreira em 2010, aos 35 anos, pelo 12 de Octubre.
Nove anos depois, o equatoriano Giovanny Espinoza – compatriota de Luis Caicedo – desembarcou em Belo Horizonte para ser o “xerife” da zaga celeste. À época, ele já era um consagrado jogador (tinha 31 anos) e acumulava duas disputas de Copa do Mundo (2002 e 2006) e Copa América (2004 e 2007) por sua seleção. Com Espinoza ao lado de Thiago Heleno na zaga, o Cruzeiro até fez boas campanhas – foi campeão mineiro, chegou às oitavas de final da Copa Libertadores e terminou a Série A em terceiro –, mas há quem diga que a zaga era justamente o ponto fraco daquele grupo. Espinoza marcou três gols em 48 partidas pela Raposa.
Em fevereiro de 2011, o Cruzeiro contratou Mauricio Victorino à Universidad de Chile por US$ 2 milhões. Meses antes, o zagueiro disputara cinco dos sete jogos da Seleção Uruguaia quarta colocada da Copa do Mundo de 2010. Essa participação no Mundial encheu a torcida cruzeirense de boas expectativas. Victorino começou bem no clube, apresentando qualidade técnica na saída de bola e para fazer lançamentos. Só que os inúmeros problemas de lesão foram empecilhos para uma sequência. Em quatro anos de contrato, o uruguaio disputou apenas 56 partidas (média de 14 por temporada) e marcou dois gols. Hoje, aos 34 anos, ele atua no Nacional-URU.
Diante do insucesso dos estrangeiros que sucederam Roberto Perfumo, Kunty Caicedo vai enfrentar o desafio de retomar, a partir de 2017, o prestígio dos gringos da posição. Apresentado nessa sexta-feira pelo gerente de futebol Paulo César Tinga, ele fala do desejo de escrever história de conquistas no Cruzeiro. “Acredito que será meu maior desafio. É uma experiência muito linda representar essa família do Cruzeiro. Espero aproveitar essa oportunidade ao máximo”.
Características
Com 1,80m, Caicedo é o zagueiro de menor estatura no elenco celeste – Manoel (1,81m), Leo (1,84m), Murilo Cerqueira (1,87m) e Dedé (1,92m) são os outros atletas da posição. Apesar da altura “baixa”, ele se descreve como jogador de muita impulsão e velocidade. “Minhas principais qualidades são o jogo aéreo e a rapidez com a bola”.
Ciente da forte concorrência que terá, sobretudo pelo fato de Leo, Manoel e Dedé terem sido campeões brasileiros em 2013 e 2014, Caicedo demonstra admiração pelos novos companheiros e espera que todos façam grande ano. “Tenho maior respeito a todos os zagueiros do clube. Esperamos ir bem em todos os momentos”.