CRUZEIRO
Ábila, do Cruzeiro, elege 2016 seu melhor ano e avisa: 'Se me chamam da China, eu vou'
Atacante revelou ainda onde pretende encerrar a carreira
postado em 31/12/2016 13:09 / atualizado em 31/12/2016 14:22
De férias em Córdoba, sua cidade natal, o atacante argentino Ramón Ábila, do Cruzeiro, concedeu entrevista à rádio Sucesos e falou longamente da transferência para o Brasil, do período em que vestiu a camisa azul e do futuro. Indagado se toparia jogar na China, assim como o amigo Carlitos Tevez, novo reforço do Shanghai Shenhua, Wanchope não hesitou.
”Se me chamam da China, fiquem tranquilos que vou. Idiota não sou. Com esse dinheiro, poderia ser presidente do Instituto (clube de Córdoba, onde foi revelado), pagar as dívidas e ajudar o clube”, disse, sorrindo.
Até o momento, Ábila assegurou que houve apenas sondagens da China ao seu agente, Adrián Roucco. “Para sondagens, ligam sempre. Mas a questão é pôr a grana, o mais difícil. Por enquanto não há nada concreto. Só tenho na cabeça voltar ao Cruzeiro e começar o ano lá”, disse o atacante.
Melhor ano
Pessoalmente, Ábila destacou que 2016 foi sua melhor temporada na carreira. Ao todo, foram 28 gols. Pelo Huracán, o atacante marcou 16 vezes em 24 apresentações. Já no Brasil, ele fez 12 gols em 28 jogos com a camisa cruzeirense.
”Pela transferência (para o Cruzeiro), por tudo que passou, com certeza foi meu melhor ano. Estar em um país novo, pelo tanto de gols que fiz, a verdade é que foi um grande ano”, avaliou.
Na entrevista à emissora, o atacante não comentou a cobrança feita pelo Huracán para que o Cruzeiro quite, em dez dias, o pagamento dos 50% dos seus direitos econômicos. O clube argentino admite ir à Fifa para questionar a dívida.
Carinho no Brasil
O argentino revelou que já se sente em casa no Brasil, principalmente pela recepção carinhosa que teve dos cruzeirenses em Belo Horizonte. “O carinho que tiveram comigo e minha família foi incrível. Cabe a mim trabalhar e retribuir esse carinho com trabalho, esforço e gols, pois foi por isso que me contrataram”.
No Cruzeiro, Wanchope teve um início avassalador e chegou a marcar oito gols em dez jogos. Já na reta final da temporada, o argentino amargou o banco de reservas com o técnico Mano Menezes. Já adaptado ao estilo de jogo brasileiro, ele espera ser mais regular em 2017.
”No Brasil o futebol é muito mais jogado, com muito mais espaço, com mais situações de gol, com partidas com muito mais gols, é um futebol mais vistoso. A verdade é que gostei muito de jogar no Brasil. Obviamente quando fiz gols, foi mais lindo. Gostei muito, me senti à vontade, Cheguei num time que não passou um bom momento, melhoramos e ficamos contentes por isso. Obviamente que esperamos um 2017 muito melhor”, disse.
Seleção Argentina ou Brasileira?
Durante a entrevista à rádio de Córdoba, Ábila foi perguntado inicialmente se aceitaria defender a Seleção Brasileira, grande rival da Argentina. “Jogo, claro”. O jornalista então indagou se ele havia desistido de atuar pela Albiceleste. Dando risadas, Wanchope tratou de desfazer a confusão. “Sim, sonho em jogar pela Argentina. Mas você me perguntou se eu jogaria pelo Brasil, caso me convidassem. Claro que sim, pois idiota não sou. Seria burro se não aceitasse (risos)”.
Outra meta do goleador é voltar a defender o Instituto de Córdoba, seu clube do coração. “Voltarei um dia, não sei quando, nada vai me tirar a vontade de jogar no Instituto novamente. Não sei se com 30, 32, 33 anos”, concluiu Wanchope, de 27 anos.