Tinga ainda se mostrou muito agradecido pela oportunidade na Toca da Raposa II, exaltou Mano Menezes e disse que a permanência do treinador em Belo Horizonte é muito importante para o início de sua carreira como gerente de futebol. O ex-jogador falou de sua filosofia de trabalho, das ações no mercado de transferências e o contato com seus antigos companheiros depois que foi oficializado como membro da diretoria.
Leia a entrevista completa:
Primeiras ações como gerente
Eu estou igual a um soldado, o que eu posso fazer estou fazendo daqui (de Porto Alegre), dando alguns telefonemas. A gente vai fazendo algumas coisas. O clube já tinha dado início em muitas questões, mas tudo é tratado muito internamente, tomando todo o cuidado de preservar as coisas. Os princípios são esses. Ainda estou naquela situação de muito agradecimento ao clube, de muita felicidade por representar o Cruzeiro novamente. Sabia que isso (me tornar gerente) aconteceria pelo que plantei, pela receptividade que tive quando era jogador, e é muito bom ver isso confirmado.
Mano Menezes
É um fator muito importante (estar com ele). A decisão de aceitar o convite, além é claro da identificação com o Cruzeiro, passou pelo Mano Menezes ser o treinador. Isso dá mais segurança. É o meu primeiro trabalho e precisava de um cara com vasta experiência. É um dos treinadores mais bem preparados do Brasil. Estudar futebol para quem não joga é estar informado, assistir. Prestei muita atenção no Mano nas duas vezes em que dirigiu o Cruzeiro. E agora ele vai poder começar um trabalho no clube. O fato de ser ele dá uma segurança. Agora é o dia a dia, implementar o que pensamos.
Mercado de transferências
A gente conversa sobre tudo. Lógico que isso (carência do elenco, contratação de jogadores), essa parte técnica também. Sempre vou ser muito sincero com vocês (jornalistas), é uma coisa muito interna. Vai ser assim. E é tudo natural. Falaremos sobre coisas concretas. Mas não vejo o Cruzeiro com desespero de trazer jogador, o grupo é muito bom, são coisas muito pontuais. É só ver os números depois da chegada do Mano, a evolução do grupo.
Filosofia de trabalho
A gente não vai inventar a roda no futebol. A gente tem experiência das coisas que deram certo, a gente sabe o caminho. A união é fundamental. Todo mundo deve trabalhar como formiguinha dentro da sua área. Gosto muito de citar formiga nos meus trabalhos porque nunca vi uma formiga dormindo. Isso é uma coisa que sempre citava e as pessoas se identificavam. Estou sempre trabalhando. Vou fazer isso, buscar fazer o meu melhor, entendendo que o time vencedor precisa de todo mundo, do porteiro ao presidente, todos precisam estar focados, entregando o seu melhor.
Contato com os jogadores
A maioria me deu os parabéns, todo mundo está muito feliz, Não só os jogadores, mas funcionários também. Todos entendem também minha situação, minha nova função. Muita gente vê que o fato de eu ter ficado dois anos fora do clube foi bom. Sei da minha responsabilidade, sempre liderei as coisas, e para mim acaba não sendo nada diferente.