Os depoimentos são de março, mas poderiam ter sido gravados nesta quinta-feira, data em que o Cruzeiro anunciou Tinga como seu novo gerente de futebol
Em sua declaração, o zagueiro Dedé chega a destacar: “se o Tinga fosse diretor, faria qualquer equipe andar”“Sou um grande amigo e fã do TingaO Tinga é um cara que têm o respeito de todos que trabalharam com elePelo fato de ser um cara que gosta de ajudar as pessoas, não apenas como atleta, só tenho a elogiá-loEle me deu conselhos, é bastante seguro para trabalhar nessa função”, disse.
“Além de passar coisas boas dentro de campo, ensinava a gente algumas coisas fora da posiçãoÉ um cara que trabalhava bem a cabeça dos jogadores em relação à pressão, a tranquilizar os jogadores numa partidaEle está maduro para qualquer função no futebol”, completou Dedé, que voltará aos gramados na próxima temporada depois de um longo período no departamento médico
Por meio de uma plataforma online, Tinga vende um curso para jovens atletas que pretendem iniciar suas carreirasNo espaço, ele promete revelar “segredos (...) desde como se destacar nas categorias de base até se tornar um jogador vitorioso, vencendo os desafios”
“O Tinga é um cara que tem muito potencial para exercer e criar um método no futebolDentro de campo sempre foi um cara agregador e com visão daquilo que estava acontecendo no vestiário (...)Ele sempre foi atinado e ligado a essas coisas dentro de campoTem visão e leitura legais dentro de campo, tanto que nos ajudou o técnico Marcelo Oliveira nos anos de 2013 e 2014 em relação a questões táticas do time”, revelou o camisa 3.
”Fora de campo sempre coloca a necessidade de ter planejamento na carreira, na família, na vida empresarialSempre buscando ajudar desde o pessoal da grama até o pessoal da diretoriaTem sua forma de pensar muito legal e nos ensinou bastante
Tinga e Cruzeiro
Com passagens por importantes clubes do país e do exterior, além da Seleção Brasileira, Tinga, atualmente com 38 anos, chegou ao Cruzeiro em 2012 e se tornou uma referência para o elencoNo time celeste, ele conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro e um EstadualO jogador, que usava a camisa 7, despediu-se dos gramados em maio de 2015Ele já não entrava em campo devido ao processo de recuperação de fraturas na tíbia e na fíbula da perna direita, sofridas em agosto de 2014Foram 65 jogos e dois gols marcados com a camisa azul e branca.
Depois do encerramento do vínculo com o Cruzeiro, Tinga se dedicou à área de gestão de futebol e concluiu o curso na Universidade do Futebol, de São PauloEle também virou símbolo do combate ao racismo após sofrer insultos durante o jogo do Cruzeiro contra o Real Garcilaso, do Peru, pela Copa Libertadores de 2014O ex-volante chegou a lançar a campanha 'Chutando o preconceito', que reforçou a luta contra os atos de injúrias raciais no esporte.