A função de gerente de futebol, agora preenchida por Paulo César Tinga, não era ocupada desde a saída de Valdir Barbosa, em agosto de 2015. O Cruzeiro ainda busca um novo diretor de futebol. O cargo foi exercido na temporada 2016 por Thiago Scuro, que deixou o clube. O Cruzeiro tentou Alexandre Mattos e Erasmo Damiani, mas não houve acordo.
Com passagens por importantes clubes do país e do exterior, além da Seleção Brasileira, Tinga, atualmente com 38 anos, chegou ao Cruzeiro em 2012 e se tornou uma referência para o elenco. No time celeste, ele conquistou dois títulos do Campeonato Brasileiro e um Estadual. O jogador, que usava a camisa 7, se despediu dos gramados em maio de 2015, na Raposa. Ele já não entrava em campo devido à recuperação de fraturas na tíbia e na fíbula da perna direita, sofridas em agosto de 2014. Foram 65 jogos e dois gols marcados com a camisa da equipe estrelada.
Depois do encerramento do vínculo com o Cruzeiro, Tinga se dedicou à área de gestão de futebol e concluiu o curso na Universidade do Futebol, de São Paulo.
Tinga também virou símbolo do combate ao racismo após sofrer insultos durante o jogo do Cruzeiro contra o Real Garcilaso, do Peru, pela Copa Libertadores de 2014. O ex-volante chegou a lançar a campanha 'Chutando o preconceito', que reforça a luta contra os atos de injúrias raciais no esporte.
O presidente Gilvan enalteceu a confiança em Tinga para exercer o cargo no Cruzeiro. "Desde quando ele parou de jogar, eu já havia conversado com ele, que ficou de pensar no assunto. Ele quis se preparar também e tem muito a oferecer para o futebol. Ele se preparou, a família concordou, e agora ele volta para Belo Horizonte para nos ajudar bastante, como foi na época de jogador. É um sujeito muito responsável e que tem muito conhecimento. Tinga tem muito para nos ajudar, uma pessoa que se preparou ao longo da vida para assumir este tipo de função que ele exercerá no Cruzeiro", destacou.
Um dia antes do acerto, Tinga conversou com o Superesportes, destacou a preparação para assumir o cargo e o bom relacionamento com a diretoria cruzeirense. “O que posso falar é a minha relação com o Cruzeiro que é muito forte, estreita. Tenho uma admiração muito grande pela administração do clube, desde quando jogava em Minas. O relacionamento com a direção é muito bom. Tenho me preparado para assumir um cargo no futebol, estudado, feito cursos", comentou.