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'Seca' do artilheiro: Ábila tenta retomar fase goleadora no Cruzeiro na reta final da Série A

Sem marcar com frequência nos últimos jogos, Wanchope perdeu espaço para Willian

postado em 08/11/2016 06:30 / atualizado em 07/11/2016 22:41


O Cruzeiro investiu 3,82 milhões de dólares (cerca de R$ 12,6 milhões na época) por 50% dos direitos econômicos de Ramón Ábila, que de imediato deu retorno técnico no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Entre a contratação, em 22 de junho, e o início de setembro, o ex-jogador do Huracán-ARG marcou oito gols em 10 partidas e logo virou xodó da torcida celeste. De dois meses para cá, porém, a fase goleadora deu lugar à seca. Nesse período, Wanchope balançou a rede somente quatro vezes em 15 jogos. Tanto que De Arrascaeta o alcançou na artilharia cruzeirense em 2016 na vitória de domingo sobre o Fluminense por 4 a 2, no Mineirão, pela 34ª rodada do Brasileiro. Argentino e uruguaio somam 12 gols cada.

Como se não bastasse o incômodo pelo jejum, Ábila amargou a reserva de Willian nos últimos três confrontos. Na derrota para o Atlético-PR por 1 a 0, em Curitiba, pela 33ª rodada, o centroavante entrou aos 33min do segundo tempo. No empate sem gols com o Grêmio, em Porto Alegre – que custou a eliminação na semifinal da Copa do Brasil –, foram 23 minutos em campo. Por fim, Ábila entrou aos 27min da etapa final contra o Fluminense, quando o Cruzeiro já vencia por 4 a 1. Nos acréscimos da partida, o camisa 50 protagonizou lance de infelicidade ao fazer gol contra numa bola dividida com o tricolor Magno Alves.

O técnico Mano Menezes justificou a opção por Willian no lugar de Ábila à necessidade de aumentar a mobilidade do setor ofensivo do Cruzeiro. Enquanto o Bigode sai da área para buscar o jogo e auxilia quem atua pelas extremidades (Alisson do lado esquerdo e Rafael Sobis na direita), Wanchope fica mais preso entre os zagueiros adversários. “O Willian é um jogador que entra e sai da área, que se junta ao meio-campo, vem atrás para brigar pela bola. Essa é a característica dele. Então pudemos jogar com dois jogadores de lado.”

MATEMÁTICA

Restam quatro jogos para o Cruzeiro no Brasileiro. Segundo os cálculos do Departamento de Matemática da UFMG, as probabilidades de rebaixamento (0,53%) e classificação para a Copa Libertadores (0,094%) são desprezíveis. Portanto, a sequência de partidas contra Sport (fora), Santos (casa), Internacional (fora) e Corinthians (casa) servirá apenas para cumprir tabela e elevar o moral do grupo visando ao ano de 2017. O retorno de Ábila aos gols que o tornaram referência no ataque cruzeirense faz parte desse planejamento.

“Tenho certeza de que o Ábila voltará a marcar nos próximos jogos, porque ele sabe fazer gol. Temos que ajustar essa questão da confiança, da boa cabeça, de ele entrar pensando em coisas boas. O futebol ajuda a gente quando pensamos em coisas boas”, afirmou Mano Menezes.

De folga desde ontem, o Cruzeiro se reapresenta amanhã à tarde, às 16h, na Toca da Raposa II, onde inicia a preparação para o jogo contra o Sport, no dia 16, às 21h45, na Ilha do Retiro.

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