Leo cita equilíbrio entre setores como caminho para classificação do Cruzeiro na Copa do Brasil

Depois de perder o jogo de ida para o Corinthians por 2 a 1, no Itaquerão, em 28 de setembro, o Cruzeiro precisa de simples vitória por 1 a 0 nesta quarta-feira, às 21h45, no Mineirão, para avançar às semifinais da Copa do Brasil. De acordo com o zagueiro Leo, um dos responsáveis pela boa consistência defensiva da equipe – está há quatro partidas sem sofrer gols –, o equilíbrio entre os setores de marcação, armação e ataque pode direcionar a Raposa ao sucesso na competição eliminatória.

“Com relação à evolução, há ao menos três coisas a serem citadas: primeiro, a equipe em si teve essa conscientização de começar a marcação na frente, com os atacantes; segundo, existe maior equilíbrio entre ataque meio e defesa; terceiro, a questão de poder ser mais objetivo possível, para mim, ajuda nesse contexto de não sofrer gols”, declarou o camisa 3, que formou dupla com Bruno Rodrigo nas vitórias sobre Grêmio (1 a 0) e Ponte Preta (2 a 0) e nos empates sem gols com Palmeiras e Chapecoense.

O último clube a balançar a rede contra o Cruzeiro foi justamente o Corinthians. Na ocasião, Leo protagonizou lance de infelicidade ao tentar cortar uma bola dentro da pequena área e acabou marcando contra. Depois, Ángel Romero, de cabeça, anotou o segundo dos paulistas. No decorrer do segundo tempo, o clube celeste diminuiu em finalização de Robinho. Graças ao gol marcado fora de casa, critério de desempate na competição, o defensor segue confiante em inverter o resultado em Belo Horizonte.

“Temos essa questão do regulamento, a questão dos gols. É um jeito diferente a Copa do Brasil, ela exige questão diferente. O jogo é decidido no detalhe. Será um jogo duro, difícil, complicado. Mesmo que aconteça de a gente tomar gol, temos que estar dispostos a buscar o resultado. Claro que o primeiro objetivo é não tomar gols, mas precisamos fazer um gol e buscar a classificação”, declarou Leo.

O equilíbrio citado por Leo pode ser importante até na parte ofensiva. Como o ataque não regulou diante de Palmeiras e Chapecoense, desperdiçando chances claríssimas de gols, os zagueiros podem ajudar na bola aérea oriunda de cobranças de faltas e escanteios.

"No último jogo foi questão de detalhes. Tem dias que a bola não entra. Mas nas outras partidas estava entrando. A gente sabe que, muitas vezes, o adversário marca bastante e dificulta para nosso ataque. O objetivo do grupo inteiro é buscar o gol. Se a gente puder explorar a bola parada e fazer gol, será bom. Se os zagueiros chegar à frente, será válido também".

Leo e Bruno Rodrigo dividem a quarta posição entre os zagueiros com mais gols pelo Cruzeiro: cada um marcou 16 vezes. O líder é Geraldão, exímio cobrador de faltas e pênaltis das décadas de 1980 e 1990, com 30 gols.