Sem ser incomodado pela Chapecoense, o Cruzeiro jogou durante praticamente os 90 minutos no campo de ataque, criou muitas oportunidades e até perdeu um pênalti, porém não conseguiu um golzinho que lhe daria a vitória e, consequentemente, uma tranquilidade maior na reta final do Campeonato BrasileiroAinda ameaçado de rebaixamento, o time celeste ficou no empate por 0 a 0 neste domingo, no Mineirão, pela 31ª rodada da competiçãoAo analisar o resultado, o técnico Mano Menezes lamentou as chances desperdiçadas e disse que o placar foi injusto para sua equipe.

“Nós merecemos ganharJogamos para ganhar, tivemos volume e oportunidadesHoje iniciamos bem, criamos chances pelos dois ladosPrimeiro, com Henrique, depois, com LucasEntramos duas vezes pelos dois ladosNo segundo tempo, embora o jogo tenha se tornado dramático, tivemos o lance da penalidade máxima, num lance crucialSe naquela hora você faz o gol, toda a tensão e a dramaticidade dão lugar a uma lucidez maiorMesmo assim tivemos outra bola ao poste com o Àbila”, avaliou o treinador, em entrevista coletiva depois da partida”.

Os números do Footstats mostraram a superioridade do Cruzeiro, que teve 53,4% de posse de bola, trocou mais de 400 passes e finalizou duas vezes e meia a mais que a Chapecoense (15 a 6)Os lances mais importantes citados por Mano Menezes saíram dos pés de Ramón ÁbilaAos 9min, ele cobrou penalidade máxima com força, mas no meio do gol, e parou em boa defesa de DaniloJá aos 26min, o argentino foi acionado pelo lateral-esquerdo Edimar e, na entrada da pequena área, chutou a bola na trave direita.

Nos minutos finais do jogo deste domingo, os atletas cruzeirenses já se mostravam extenuados em função do curto intervalo entre a partida de quinta-feira à noite contra o Palmeiras, em Araraquara-SP, e o duelo diante da ChapecoenseOs catarinenses tiveram mais tempo de descanso, pois atuaram na quarta de manhã na Arena Condá, em Chapecó-SC, e venceram o Sport por 3 a 0Por conta do desgaste de sua equipe, Mano Menezes não poupou críticas às decisões tomadas pela Confederação Brasileira de Futebol com relação ao remanejamento das rodadas.

“Tivemos volume de jogo, tivemos ímpeto, embora tenha faltado nesses últimos instantes uma saúde física maior da equipe, pois 32 horas de diferença é bem difícilEspero que a Confederação não submeta mais o Cruzeiro a ter que jogar com 32 horas a menos de recuperação que o adversário para resolver interesse dos outrosNos últimos minutos isso faz diferença no futebol, nós sabemos”.

Pelo Brasileiro, o Cruzeiro volta a campo no próximo domingo, às 17h, contra o Vitória, no BarradãoNa quarta-feira, às 21h45, o time enfrentará o Corinthians pelo jogo de volta das quartas de final da Copa do BrasilNa ida, os paulistas venceram por 2 a 1, no Itaquerão, em São PauloA reapresentação do elenco acontecerá às 10h desta segunda-feira, na Toca da Raposa II.