A interdependência das participações do Cruzeiro na Copa do Brasil e na Série A foi assunto comentado pelo técnico Mano Menezes. Inicialmente, a ideia é batalhar pela conquista do torneio eliminatório, o “caminho mais curto” para disputar a Copa Libertadores de 2017. Por isso, a equipe deverá entrar em campo com força máxima – salvo se houver algum imprevisto.
“Sempre vamos entrar com força máxima. O que disse, e vou repetir, é que se houver alguma dificuldade, se existir alguém que não esteja 100%, aí nós vamos colocar um jogador em melhores condições”.
O sonho de conquistar o pentacampeonato, todavia, dependerá de rápida recuperação na elite nacional. Entre os jogos de ida e volta, o Cruzeiro atuará pela Série A contra Grêmio, Ponte Preta, Palmeiras e Chapecoense. Três dessas partidas serão no Mineirão. Para Mano Menezes, vencer na Copa do Brasil será importante para ajudar o time a recuperar a confiança na luta pela permanência na Primeira Divisão.
“Vencer é bom sempre. Mata alguns fantasmas que começam a aparecer e retoma a confiança. Isso só a vitória dá. Se a vitória não vem, tudo isso vai sumindo e se esvaindo. Quando vencemos, recuperamos essa condição novamente e avançamos nessa afirmação como equipe”.
Mano fechou o último treino do Cruzeiro antes da viagem a São Paulo e não revelou qual será a escalação. Substituído no primeiro tempo da derrota por 2 a 1 para o Flamengo, pelo Brasileiro, o volante Lucas Romero chegou a ser colocado como dúvida, mas se recuperou de entorse no tornozelo esquerdo e foi relacionado. Livre de dores lombares, o meia-atacante Alisson voltou a ser convocado e deverá ser opção no banco. Há algumas possibilidades de mudanças, como as entradas do volante Denílson e do armador Rafinha, este último considerado espécie de “12º titular”.
Adversário
O Corinthians vive situação inversa à do Cruzeiro no Brasileiro e ainda sonha em retornar ao G4: está na sétima posição, com 41 pontos. Porém, a má campanha no returno – duas vitórias, um empate e cinco derrotas – deixa esse objetivo um pouco distante e torna a Copa do Brasil a saída necessária para disputar a Libertadores de 2017.
“É pela Copa do Brasil que o Corinthians tem a oportunidade de ser campeão. Não vamos pensar no Brasileiro neste momento”, frisou Fábio Carille, efetivado no comando desde a demissão de Cristóvão Borges, há pouco mais de uma semana.
O Timão será o mesmo que perdeu do Fluminense por 1 a 0, em Itaquera, no domingo, pela Série A. Isso porque o goleiro Cássio, que chegou a ir a campo nessa terça-feira para treinar, sentiu dores no ombro esquerdo e não terá condições de jogo. Desta forma, Walter continua na meta alvinegra.
Como disputou a Libertadores em 2016, o Corinthians entrou na Copa do Brasil já nas oitavas de final. Contra o Fluminense, empatou por 1 a 1 fora de casa e venceu por 1 a 0 como mandante.
Histórico na Copa do Brasil
Cruzeiro e Corinthians já se enfrentaram em outras quatro edições da Copa do Brasil: 1991, 1996, 1998 e 2002. Cada um avançou duas vezes, mas os paulistas levam vantagem no retrospecto de jogos isolados, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas.
A boa lembrança para os torcedores celestes é que o time paulista foi um dos rivais no caminho do título da edição de 1996. A Raposa venceu no Independência, por 4 a 0, e perdeu em São Paulo, por 3 a 2. Na decisão daquele torneio, o Cruzeiro levantou a taça ao bater o poderoso Palmeiras, grande destaque do futebol brasileiro, por 2 a 1, no Palestra Itália.
CORINTHIANS X CRUZEIRO
CORINTHIANS
Walter, Fagner, Yago, Balbuena e Guilherme Arana; Camacho; Marquinhos Gabriel, Giovanni Augusto, Rodriguinho e Marlone; Romero
Técnico: Fábio Carille
CRUZEIRO
Rafael; Lucas, Manoel, Bruno Rodrigo e Edimar; Henrique, Lucas Romero (Ariel Cabral), Robinho e Arrascaeta; Rafael Sobis e Ramón Ábila
Técnico: Mano Menezes
Motivo: jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil
Estádio: Itaquerão, em São Paulo
Data: quarta-feira, 27 de setembro de 2016
Horário: 21h45
Árbitro: Eduardo Tomaz de Aquino Valadão (Asp. Fifa/GO)
Assistentes: Fabrício Vilarinho da Silva (Fifa/GO) e Bruno Raphael Pires (Fifa/GO)