Depois de sete jogos, o Cruzeiro voltou a ser derrotado sob o comando de Mano Menezes. Em duas passagens do treinador no comando do clube, a equipe foi derrotada pela primeira vez como mandante. Neste domingo, o revés foi para o Botafogo, no Mineirão, em um dia em que nada deu certo, tanto pelos jogadores celestes como na arbitragem da partida.
O técnico celeste analisou a atuação celeste e evitou individualizar cada setor em campo. Mano lamentou que a equipe não conseguiu transformar a superioridade ofensiva, principalmente no primeiro tempo, em gols. Segundo o treinador, o Botafogo ganhou o jogo quando conseguiu explorar o espaço dado pelo Cruzeiro em seu meio-campo.
“Não dá para separar setor defensivo de setor ofensivo. Não fomos bem como equipe, fizemos um jogo abaixo do que poderíamos fazer. Tivemos dificuldades para encontrar soluções para uma equipe com as linhas mais baixas. Não estávamos inspirados, escolhemos os caminhos errados, principalmente no primeiro tempo, quando tivemos um volume pelo nosso lado esquerdo. Deveríamos ter aproveitado melhor e traduzir isso em chances mais claras para tentar vencer o jogo. No segundo, nos precipitamos em termos de posicionamento. Tivemos pouca pressão em cima dos volantes adversários. Abrimos o jogo e, por isso, demos muito espaço para o Botafogo por dentro. Isso sobrecarregou os nossos volantes e fez com que os jogadores do Botafogo recebessem as bolas em condições de definir ou criar situações. Os problemas passaram por ali. Aí, estoura tudo lá atrás. Mas não dá para individualizar. Não fizemos um jogo tão bom”, disse o treinador.
Mas para Mano, não foi apenas a atuação ruim do Cruzeiro que determinou a derrota no Mineirão. O treinador criticou bastante a atuação do árbitro Rafael Traci, que apita pela Federação Paranaense.
“Na minha opinião, teve algo determinante que colaborou com o resultado do jogo: as falhas da arbitragem, que foram visíveis. Elas tiraram a tranquilidade de nossa equipe. A gente fez um gol legal, levamos o segundo gol em uma falta que não houve. Eles foram inteligentes, cobraram rápido e fizeram o gol. Temos de ficar atentos, pois são jogos decisivos, contra adversários diretos e precisamos de gente com mais experiência, mais rodado, para saber conviver com jogos com nível de tensão mais alto, para que as coisas sejam decididas equilibradamente”, disparou, citando os lances que tiveram interpretação pró-Botafogo.
“Aconteceram lances claros. No primeiro tempo, o Ábila iria fazer o gol, depois de uma jogada muito bonita do Edimar, o jogador do Botafogo chegou e colocou para o Botafogo. A defesa deles comemorou a grande intervenção que fizeram e ele deu tiro de meta. O Ábila foi reclamar e levou cartão amarelo. Ele tirou o jogador do próximo jogo e criou uma tensão. São pequenos detalhes. O Alisson fez o desarme na bola. Eu reclamei na hora. Ele deixou cobrar rápido e a gente tomou o gol. Depois a gente fez um gol legal. O jogo estava difícil, a gente foi para o abafa e tentamos criar alguma situação diferente. E a interpretação novamente foi contra. Foi assinalado um impedimento do Lucas, que não fez o gol. Somando tudo, foi um dia ruim, faz parte do campeonato”, concluiu.
O Cruzeiro agora busca reabilitação no Campeonato Brasileiro na próxima quinta-feira, às 21h, contra o São Paulo, no Morumbi.