No dia que tirou para responder seus internautas na rede social, Zezé ainda cutucou a atual gestão. “Basta comparar o Cruzeiro antes da minha presidência e após. Muitos torcedores não viveram o Cruzeiro de antes”, escreveu. Quando recebeu o pedido para trazer de volta à Toca II os meias Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, dupla bicampeã brasileira em 2013 e 2014 na gestão de Gilvan, o senador garantiu: “Deixa comigo”.
Em junho de 2015, o Superesportes escreveu que articulações de diferentes correntes políticas do clube já indicavam disputa no próximo pleito. A relação entre Gilvan e Perrella, antigos aliados, acabou estremecida durante a gestão de Pinho Tavares. Internamente, o atual mandatário já afirma que apoiará um novo quadro – Sérgio Rodrigues e Bruno Vicintin são os mais viáveis em caso de estatuto modificado – ou trabalhará pela criação de um conselho gestor.
Além de rechaçar a ideia de mudar o estatuto e ser totalmente contra o grupo de líderes para gerir o clube, Perrella já cutucou o antigo aliado em áudios que vazaram pelo WhatsApp em abril deste ano. “Nunca me meti na gestão dele. Qualquer coisa que eu falo, eu iria atrapalhar. Nunca dei entrevista sobre isso. Coloquei ele lá, mas o mais incrível é que ele não me apoia. O candidato dele não sou eu, nós vamos ter que enfrentá-lo. Mas a vida é isso, cheia de injustiça, de ingratidão”, disse o senador, na época.
Na última semana, o nome de Perrella voltou a aparecer no noticiário do Cruzeiro. Depois de vender zagueiro Bruno Viana, a administração de Gilvan de Pinho Tavares resolveu não reconhecer a divisão dos direitos econômicos do jovem feita pela gestão passada. Em documento assinado pelo ex-diretor de futebol Dimas Fonseca, em 2010, em nome do então presidente Zezé, o clube cedeu 20% do atleta ao clube formador de Viana, mas em documento sem assinaturas autenticadas, sem registro pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e sem constar no TMS, sistema de transferências da FIFA.
