
Os mais recentes gols do argentino foram no massacre por 5 a 2 sobre o Botafogo, na noite de quinta-feira, no Estádio Luso-Brasileiro, no Rio, no duelo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. Resultado que encaminha a classificação da Raposa às quartas de final do torneio mata-mata, além de aumentar ainda mais a motivação para seguir subindo na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro.
“Estou tranquilo, pois tenho a confiança dos companheiros, do (técnico) Mano Menezes, de todos. A verdade é que estou feliz aqui e isso facilita para fazer gols”, diz o camisa 50, conhecido na Argentina pelo apelido de “El Asesino” (O Assassino, por sua frieza) e que no Brasil tem sido chamado de “Tanque Azul”.
Mostrando-se humilde, ele evita enaltecer o próprio trabalho. Para ele, a equipe é mais importante e só com ela é possível atingir bom rendimento. “Agradeço aos companheiros pela boa fase. Sem eles não conseguiria fazer os gols”, declara o atacante, que se cobra muito. “Não posso perder os gols que perdi (na quinta-feira). Todos depositam muita confiança em mim e não posso decepcioná-los, até porque treino diariamente para isso. Vou continuar trabalhando para não errar mais.”
Os companheiros realmente confiam em Ábila. Até por isso estão sempre em busca dele na área quando o time ataca. “Além de ser excelente jogador, o Ábila tem muita sorte. Que bom que ele está bem, fazendo gol, ajudando a equipe. O grupo é bom, o clube é bom, a cidade é boa, tudo isso ajuda para ele se dar bem no Cruzeiro”, argumenta o também atacante Rafael Sóbis, que chegou praticamente junto com o argentino na Toca da Raposa II e vem mostrando bom entrosamento com ele.
Cobrança
Apesar de estar feliz com os gols que Ábila vem marcando, Mano Menezes não deixa de cobrá-lo. Foi assim no confronto com o Botafogo, quando o camisa 50 teve chances muito boas no início de cada tempo, mas não conseguiu marcar.
A que mais desagradou ao comandante foi no começo da etapa final: ao ficar cara a cara com o goleiro Sidão, o portenho tentou encobri-lo, mas não teve êxito, facilitando a defesa. “O Ábila tem uma característica e tem de trabalhar essa característica. Ele nasceu chutando e tem de continuar fazendo isso. Se tentar algo diferente pode transmitir displicência e o adversário se aproveita. Jogando fora de casa, então, você não pode se dar ao luxo de perder chance como aquela”, declara o treinador.
Como a fase do argentino é boa, ele cobrou, mas com carinho. Ao chegar ao banco de reservas depois de ser substituído no segundo tempo contra o Botafogo, ele ouviu do treinador que se fosse para ver alguém finalizando com categoria, teria escalado outro jogador, seguido de um sorriso.