A primeira audiência da ação movida pelo atacante Riascos contra o Cruzeiro foi realizada na manhã desta terça-feira, na 27ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Representaram o clube celeste o supervisor de futebol, Pedro Moreira, o diretor de futebol, Thiago Scuro, e o diretor jurídico, Fabiano de Oliveira Costa. Riascos não compareceu e se fez representar por um atleta chamado Samuel.
Não houve acordo neste encontro. Nova audiência foi marcada para 2 de maio de 2017. Em paralelo, contudo, corre uma nova liminar do jogador pedindo rescisão contratual. O departamento jurídico do Cruzeiro acredita que está respaldado pela legislação e discorda dos pontos apresentados pelo jogador.
“O Cruzeiro está tranquilo. A legislação é muito clara. O atleta pode sair desde que pague a cláusula indenizatória. Ele alega uma série de argumentos para a rescisão indireta, mas discordamos do que foi apresentado. Quanto à liminar, o clube está otimista porque ele não pode simplesmente se furtar do dever de cumprir o contrato”, disse o diretor jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa.
O Superesportes não conseguiu falar com o representante de Riascos. Segundo o Cruzeiro, nenhuma nova proposta para acordo foi feita.
A nova liminar ainda não tem data definida para ser julgada. Em meados deste mês, Riascos teve negado na Justiça o pedido de jogar por outro clube.
Na ação, motivo deste primeiro encontro, Riascos pleiteia, além da rescisão contratual, o pagamento de uma cláusula compensatória, considerando os salários até o término do contrato, e indenização por danos morais. A pedida chega a R$ 5.148.129,08.
Afastado desde 17 de julho, Riascos, por meio de sua defesa, alega que precisa da liberação para deixar o Cruzeiro e continuar a exercer sua profissão.
Na peça, o advogado alega que Riascos foi 'afastado' devido a um mal entendido e, diante disso, teve sua imagem como atleta arranhada. “A arbitrariedade cometida pela reclamada salta aos olhos, pois o reclamante está sendo punido por um mal entendido, já esclarecido, o qual foi insuflado pelo dirigente Thiago Scuro. (...) Contudo, não se trata de questão apenas técnica, tática ou física. O desligamento do atleta se deu de forma imoral, injusta e anormal por uma deliberação arbitrária do dirigente da reclamada. (...) Assim sendo, em se tratando de reparação de dano, a mesma deve considerar o porte econômico do agente causador, de modo a produzir o desejado efeito pedagógico da indenização, uma vez que a conduta da reclamada trouxe enormes prejuízos à imagem do atleta, sendo o dano causado, inquestionavelmente”.
Antes das polêmicas declarações de Riascos, o atacante negociava com o clube a rescisão contratual. O colombiano chegou a oferecer 800 mil dólares para deixar a Toca da Raposa. A negociação emperrou depois do seu afastamento pelo diretor de futebol, Thiago Scuro.
Após a partida contra o Fluminense, no dia 17 de julho, Riascos não se reapresentou mais ao Cruzeiro. Segundo informações de bastidores, ele está em seu país natal, a Colômbia.
CRUZEIRO
Riascos não comparece, e primeira audiência com o Cruzeiro na Justiça fica sem acordo
Atacante se fez representar por um atleta chamado Samuel
postado em 30/08/2016 11:07 / atualizado em 30/08/2016 11:54