Em boa fase no Cruzeiro, Ábila se diz adaptado, mira Seleção e projeta parceria com Tévez

O momento de Ramón Ábila no Cruzeiro não poderia estar melhor. Apesar do pouco tempo de Brasil - dois meses desde a assinatura do contrato -, o atacante argentino tem marcado gols importantes para a recuperação da equipe no Campeonato Brasileiro e já caiu nas graças da torcida. Como explicar a rápida adaptação? Entre outras coisas, ‘Wanchope’ atribui a boa fase à forma de jogar do futebol local.

“Me receberam muito bem no Cruzeiro. No início, não entendia muito bem. Mas estou me acostumando ao idioma. Eu gosto muito do futebol do Brasil, porque todos são ofensivos”, afirmou em entrevista à Rádio Güemes, da Argentina.

Após um período de treinos para recuperar a forma física ideal, Ábila estreou pelo Cruzeiro na derrota por 2 a 0 para o Fluminense, no dia 17 de julho, quando o clube ainda era dirigido pelo português Paulo Bento. Aos poucos, o argentino foi conquistando a confiança da comissão técnica, até que assumiu a titularidade da equipe - agora sob o comando de Mano Menezes.

Pelo clube mineiro, Ábila fez cinco gols em oito jogos - quatro deles nas últimas quatro partidas. O bom momento e a convocação de Lucas Pratto, do rival Atlético, renovou as esperanças do centroavante celeste em defender a Seleção Argentina.

"Se acontecer (a convocação para) a Seleção, seria um passo enorme na minha carreira. Mas estou tranquilo", afirmou o atacante.

Os gols de Ábila pelo Cruzeiro chamaram a atenção da imprensa argentina. Após boa atuação na vitória por 2 a 1 sobre o Figueirense, o ‘Olé’ estampou numa de suas manchetes: “Wanchope é argentino”. O “Diário Registrado” fez a mesma lembrança, mas endereçada ao novo técnico da seleção nacional, Edgardo Bauza.

Parceria com Tévez

Durante a entrevista à rádio argentina, Ábila ainda lembrou a amizade com Carlitos Tévez. O ex-jogador de Corinthians e Juventus já admitiu publicamente a admiração que tem por ‘Wanchope’.

Tevez, inclusive, sugeriu ao Boca Jrs. a contratação de Ábila para o lugar de Calleri. A diretoria da equipe argentina, no entanto, não chegou a um acordo com o Huracán - clube defendido pelo atacante antes de se transferir para o Cruzeiro.

Apesar do insucesso nas negociações, Ábila revelou que ainda nutre o sonho de atuar ao lado de Tévez.

“Tomara que em algum momento eu possa ir ao Boca e jogar com Tévez”, disse.

Enquanto esse momento não chega, Ábila segue marcando gols pelo Cruzeiro - e, teoricamente, deverá permanecer assim pelos próximos quatro anos. Wanchope tem contrato com a Raposa até o final de junho de 2020.