Por meio de sua assessoria de comunicação, o clube celeste ressaltou que não tem poder para proibir qualquer árbitro de apitar seus jogosHavia uma instrução, desde 13 de outubro daquele ano, para que Ricci não participasse das escalas para compromissos da equipe celesteNa ocasião, o delegado da Comissão Nacional de Arbitragem Manoel Serapião Filho, afirmou que usaria “bom senso” na designação dos árbitros
Minutos depois da divulgação de que Meira Ricci voltaria aos jogos do Cruzeiro, mediante a 'permissão' de Gilvan, o nome do árbitro alcançou o ranking de termos mais comentados no TwitterOs torcedores celestes se mostraram revoltados com a novidade"Vergonha aceitar Sandro Meira RicciQue vergonha", escreveu um internauta"Recentemente o Cruzeiro fez uma reclamação formal à comissão de arbitragem
Mudança de regra do sorteio
Além da 'liberação' de Gilvan de Pinho Tavares, o novo modelo de sorteio de árbitros abriu caminho para a volta de Sandro Meira Ricci aos jogos do CruzeiroUma resolução da direção da CBF despachada em 1º de agosto, que passou a ser aplicada no returno do Brasileiro, aboliu o formato que definia o nome de apenas dois árbitros para o sorteio de cada partida.
Agora, a CBF criou equipes de arbitragem fixas, com um juiz e dois assistentes cada umaEsses trios são ranqueados de acordo com o desempenho em cada rodada do Campeonato BrasileiroDiante disso, os melhores profissionais entram no sorteio da rodadaComo Ricci é do quadro da Fifa e está bem posicionado no ranking, fica disponível para apitar os jogos do Cruzeiro.
A única restrição aplicada é o fato dos juízes não apitarem jogos dos clubes de seus estados.
Até então, com apenas dois árbitros escolhidos por partida, o nome de Ricci não entrava em sorteio de jogos do Cruzeiro, embora a CBF jamais tenha admitido o veto dele por parte da direção celeste desde 2010O fato é que ele ficou cinco anos e nove meses fora de partidas do clube.
”Os melhores árbitros terão a possibilidade de serem escolhidos, também por sorteio, mas numa equipe muito maior do que antes era realizada, com apenas dois (árbitros)Obviamente aqueles que terão o melhor desempenho terão maior possibilidade de serem escolhidos, por sorteio, para a próxima rodada”, explicou o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, quando anunciou as mudanças no sorteio das escalas de arbitragem.
Entenda o caso
Naquela arbitragem de 2010, já na reta final do Brasileirão, Sandro Meira Ricci desconsiderou três pênaltis a favor do Cruzeiro (dois sobre Thiago Ribeiro e um sobre Wellington Paulista) e não utilizou o mesmo critério para anotar uma falta do zagueiro Gil em Ronaldo dentro da área, aos 41 do segundo tempoAlém da penalidade polêmica, os assistentes de Meira Ricci à época, Roberto Braatz (PR) e Alessandro Álvaro Rocha de Matos (BA), erraram em cinco lances de impedimento, prejudicando ataques do clube mineiro.
Logo depois do ocorrido, o Cruzeiro enviou um protesto ao presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, que ainda ocupa o cargo, e pediu o veto de Meira Ricci em jogos do clubeApesar disso, a arbitragem dele naquele duelo com o Corinthians mereceu ‘nota 10’ de Corrêa e também do delegado do jogo Manuel Serapião Filho.
Os erros de Sandro Meira Ricci em 2010 tiveram influência direta no desfecho do campeonato
Relembre os lances polêmicos de Corinthans 1 x 0 Cruzeiro: