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Embora pesaroso, o grupo do Cruzeiro conseguiu transformar o sentimento de tristeza em força para seguir bem na Libertadores e alcançar o troféu. “Passamos por esse momento, de tristeza profunda. Aquilo abalou muito, todos ficamos chocados, mas também nos fortaleceu muito”, disse Palhinha, artilheiro da competição em 1976.
"Nós tivemos uma perda muito grande. Não é que por ele ter morrido que fortaleceu. Mas a morte dele não prejudicou. A gente ficou mais fortalecido. Pensamos que a partir daquele momento nós iríamos jogar com 12 em campo. Jogamos com 12 jogadores no pensamento e tudo e foi legal porque ganhamos. A gente sentiu muito, mas reagimos e conquistamos. E o batata é campeão da libertadores", reforçou o capitão Raul Plassmann.
A morte de Batata comoveu não só seus colegas de grupo, mas os torcedores, que lotaram o cortejo fúnebre do atleta (foto acima). Na partida seguinte do Cruzeiro no torneio internacional, contra o Alianza Lima, do Peru, no Mineirão, foram prestadas homenagens ao atacante. O pistonista da banda da Polícia Militar tocou “Silêncio”. E os companheiros estenderam ao lado do campo uma camisa com o número 7, tradicionalmente utilizada pelo jogador. “Foram homenagens justíssimas. Ele merecia muito mais, inclusive”, ressalta Palhinha.
Para completar, o Cruzeiro venceu a partida por 7 a 1, com quatro gols de Jairzinho e três de Palhinha. A referência à camisa de Batata no placar acabou sendo a maior homenagem do time ao ex-companheiro. Depois daquele jogo, o Cruzeiro passou por LDU do Equador e o River Plate, da Argentina, conquistando pela primeira vez na história celeste o título da Copa Libertadores.
“O Roberto Batata era nosso parceiro, um menino do bem, muito alegre. Todo mundo gostava dele, era um cara carismático. Ele era tudo de bom e a forma como aconteceu nos abalou bastante. O que aconteceu foi ruim demais, precisávamos dele”, lamentou Joãozinho.
Roberto Batata marcou 111 gols com a camisa do Cruzeiro e é o 11º maior artilheiro da história do clube.