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Cruzeiro recorre a Mano sete meses depois de rompimento que mudou rumos de 2016

Treinador foi escolhido após demissão do português Paulo Bento, nessa segunda

postado em 26/07/2016 09:44 / atualizado em 26/07/2016 10:13

EM DA PRESS
Os caminhos de Cruzeiro e Mano Menezes voltam a se cruzar sete meses depois de um rompimento que gerou mal-estar. No fim do último Campeonato Brasileiro, quando vivia excelente fase no comando da Raposa, o treinador gaúcho recebeu oferta do Shandong Luneng, da China, e decidiu abandonar o projeto em Belo Horizonte que iria até dezembro de 2017. Agora, depois de duas frustrações, com Deivid e Paulo Bento, a diretoria ‘esquece’ a decepção com a decisão de Mano em 2015 e aposta novamente na capacidade do comandante de recuperar o time.

Se em 2015 Mano assumiu o Cruzeiro a dois pontos da zona de rebaixamento e promoveu uma arrancada, com grande respaldo da torcida, dessa vez ele encontra o time na penúltima posição, com apenas 15 pontos em 48 disputados, e terá a missão de evitar uma queda inédita à Série B do Brasileiro.

A saída de Mano Menezes em dezembro de 2015 interrompeu não só uma lua de mel com a torcida e a direção. O treinador havia participado de boa parte do planejamento visando 2016. Ele sugeriu dispensas e alguns reforços. Com ele, o Cruzeiro deu uma arrancada no Brasileiro do ano passado, afastou-se da zona de rebaixamento e, em dado momento, chegou a sonhar com a vaga na Libertadores, o que acabou não se confirmando. Agora, ele retorna com seus integrantes da comissão técnica: Sidnei Lobo (auxiliar) e Eduardo Silva (preparador físico).



Ainda assim, Mano aceitou o convite do Shandong Luneng para substituir Cuca e ganhar uma verdadeira fortuna na China. Em entrevista recente ao canal Sportv, ele afirmou não ter se arrependido da decisão. “Penso muito antes de tomar as decisões que tomo e não me arrependo. No futebol brasileiro você pode ficar aqui e acontecer a mesma coisa, é só olhar os técnicos sendo demitidos a todo o momento dos clubes brasileiros. Tenho que levar em consideração que, financeiramente, recebi em sete meses o que receberia em seis anos no Brasil. Então a diferença, a proporção das coisas, é grande”, observou.

“Quando nós chegamos lá e eu olhei o clube, pensei: é impossível que esse clube não seja campeão a cada três anos. A estrutura que tem é melhor que a de todos os clubes brasileiros e de muitos da Europa. Por que não ganha? Porque a gestão é difícil, porque o maior parceiro é uma estatal, os funcionários são filiados a um partido da China e por aí vai”, complementou Mano Menezes.

De volta ao clube após sete meses, ele encontrará péssimos números no Brasileirão, mas boa perspectiva de reação. Possivelmente, projeções bem melhores do que encontrou no meio da última temporada, quando assumiu o Cruzeiro após demissão de Vanderlei Luxemburgo. Reforçado recentemente com boas peças, como Rafinha, Denílson, Rafael Sobis e Ramón Ábila, o Cruzeiro manteve praticamente todas os jogadores do time titular comandado por Mano em 2015, com exceções de Willians e Ceará.

Além disso, Mano vislumbra ainda o título da Copa do Brasil, já que o Cruzeiro está garantido nas oitavas de final. Uma vaga na Copa Libertadores de 2017 salvaria o ano.