De férias no Caribe, Mano já recusou oferta no Brasil, mas tem "respeito enorme" pelo Cruzeiro

O técnico Mano Menezes é o favorito para assumir o comando do Cruzeiro. Ele está de férias no Caribe com a esposa e deve antecipar a sua volta ao Brasil, programada para o dia 31, para negociar. Segundo apurou o Superesportes, Mano já sinalizou positivamente para iniciar as tratativas com a diretoria celeste. O convite foi feito pelo vice de futebol do Cruzeiro, Bruno Vicintin.

Depois de ficar seis meses no Shandong Luneng, da China, o treinador resolveu tirar um tempo maior para ficar ao lado da esposa e fez uma viagem para uma praia paradisíaca, em uma ilha da América Central.

Na Ásia, Mano caiu depois de péssima campanha na Superliga Chinesa. Em 11 rodadas, foram apenas duas vitórias, três empates e seis derrotas. Deixou o Shandong na vice lanterna da competição, com nove pontos.

Considerado um dos mais renomados treinadores brasileiros na atualidade, Mano já recebeu convite de um grande clube do Brasil e declinou. Quando demitiu Argel, o Internacional procurou o técnico, que preferiu não aceitar a proposta.

O bom relacionamento com a diretoria do Cruzeiro deve acelerar as tratativas. “Ele tem respeito enorme pelo Cruzeiro”, disse uma fonte muito próxima ao treinador, que quer voltar a trabalhar ainda neste ano.

Passagem positiva pelo Cruzeiro

Num trabalho de três meses entre setembro e dezembro de 2015, Mano Menezes treinou o Cruzeiro em 16 jogos, com oito vitórias, seis empates e duas derrotas. Sua continuidade para 2016 foi interrompida por uma proposta milionária do Shandong Luneng, da China, que pagou multa rescisória de R$ 7 milhões para tirar o gaúcho da Raposa.

Apesar da passagem frustrante na China, o treinador garantiu não ter se arrependido da experiência em solo chinês, em entrevista ao Sportv, no dia 19 deste mês.

“Penso muito antes de tomar as decisões que tomo e não me arrependo. No futebol brasileiro você pode ficar aqui e acontecer a mesma coisa, é só olhar os técnicos sendo demitido a todo o momento dos clubes brasileiros. Tenho que levar em consideração que, financeiramente, recebi em sete meses o que receberia em seis anos no Brasil. Então a diferença, a proporção das coisas, é grande”, observou. “Quando nós chegamos lá e eu olhei o clube, pensei: é impossível que esse clube não seja campeão a cada três anos. A estrutura que tem é melhor que a de todos os clubes brasileiros e de muitos da Europa. Por que não ganha? Porque a gestão é difícil, porque o maior parceiro é uma estatal, os funcionários são filiados a um partido da China e por aí vai”, afirmou Mano Menezes.