Antes de ser vazado pela primeira vez, o Cruzeiro dominava o Atlético-PR e até poderia ter saído em vantagem. Só que as falhas de marcação desconcentraram o restante do time e o adversário acabou saindo vitorioso. O péssimo placar no Gigante da Pampulha deixou a Raposa na 15ª posição do Brasileiro, com 15 pontos.
O técnico Paulo Bento admitiu que a defesa não passou por bom momento, porém defendeu Bruno Rodrigo das críticas quando, em entrevista coletiva, foi perguntado da possibilidade de escalar Manoel contra o Fluminense. “Quando vem um resultado negativo, vem em cima dos zagueiros. Se perde por 3 a 0, houve erro do zagueiro. Tantas coisas que acontecem no jogo, mas a culpa sempre é colocado em cima do zagueiro”, afirmou, definindo, em seguida, a titularidade de Bruno Rodrigo contra o Fluminense, no próximo domingo, às 16h, no Estádio Edson Passos, no Rio de Janeiro. “Se não tiver nenhum impedimento, o Bruno Rodrigo é o único que tem escalação garantida para domingo. Os outros 10 eu não sei. Ele é o único, posso garantir”.
Por causa das falhas, Bruno Rodrigo foi vaiado pela torcida na reta final do jogo. Paulo Bento, por sua vez, afastou qualquer possibilidade de mudar o time por pressões externas. “Entendo perfeitamente o sofrimento das pessoas. Perder em casa dá sofrimento. Mas só consigo ser treinador com minhas decisões. Não posso ser treinador com decisões dos outros. Se não farei assim, não serei mais treinador”.
Assim que o árbitro gaúcho Anderson Daronco apitou pela última vez, Bento entrou em campo e cumprimentou todos os jogadores, visivelmente abatidos após o vexame em casa. Ele justificou o ato pouco comum dos técnicos, que geralmente não pisam entre as quatro linhas e vão direto para o vestiário. “Acho que foi uma injustiça. Uma amargura tremenda. Quis demonstrar situação de carinho, de solidariedade. Sendo um momento de tristeza, de dificuldade, talvez o mais difícil desde que estamos aqui”, encerrou o português.