CRUZEIRO
Médico evita prazo para volta de Dedé e diz fazer "trabalho demorado" com meia Marcos Vinícius
Zagueiro se recupera de lesão no joelho direito; já o meia Marcos Vinícius faz trabalhos na fisiologia e na preparação física para diminuir risco de novas lesões
Thiago Madureira /Superesportes , Rafael Arruda /Superesportes
postado em 08/07/2016 13:16 / atualizado em 08/07/2016 15:11
Sérgio Freire atualizou o quadro clínico do zagueiro Dedé e do meia Marcos Vinícius. Por causa da possibilidade de variação na recuperação do defensor, o médico disse que não é possível estabelecer um prazo detalhado para retorno. Com relação a Marcos Vinícius, o clube faz “trabalho específico e demorado”, já que o camisa 20 tem fibrose muscular.
Dedé vive um momento difícil no clube celeste. Após ficar afastado dos gramados por 14 meses, em consequência da pior lesão de sua carreira, o zagueiro voltou ao departamento médico em março, onde permanece até então.
A primeira contusão obrigou Dedé a passar por cirurgia. O jogador lesionou o joelho direito no empate com o Santos, por 3 a 3, na Vila Belmiro, em confronto pela semifinal da Copa do Brasil, em 5 de novembro de 2014. Em 2015, o tratamento conservador não surtiu o efeito esperado e, assim, ele foi submetido a duas cirurgias.
Em 28 de fevereiro, o zagueiro teve fratura na patela do joelho direito após o empate em 1 a 1 contra o América, pelo Campeonato Mineiro. A princípio, a previsão era que o jogador fosse liberado para treinar em quatro a seis semanas, segundo informou o médico Sérgio Freire Júnior. Porém, já se passaram mais de quatro meses e e Dedé segue em tratamento, em fase final de recuperação e sem previsão de volta.
“Dedé é um caso mais complicado. O Dedé teve há dois anos uma lesão isolada no ligamento cruzado posterior. É um ligamento que tem capacidade de cicatrização, quando não cicatriza, ele permite que o jogador atue sem o ligamento. Foi feito o tratamento com o Dedé, que fez todo o processo de readaptação e voltou a jogar. Depois, ele teve dois episódios no joelho. Ele teve que passar por um procedimento cirúrgico, um caso único desta lesão, foi o único que passou por cirurgia. Na época, ele optou em operar com o doutor José Luiz Runco, no Rio. Ele operou, fez todo o processo de recuperação, voltou bem no começo da temporada”, explicou o médico.
“Após isso, ele voltou a reclamar de dores no joelho. Teve uma fratura na patela, é uma complicação da cirurgia que ele fez, não que tenha sido feito alguma cirurgia errada. É um osso que naturalmente é submetido a um desgaste grande, então ela tende a evoluir de forma mais lenta a cicatrização. A gente vem acompanhando com imagens. A fratura está, dentro do ponto de vista médico, cicatrizada. Ele passa a fazer outras atividades, controle muscular, equilíbrio, para que em breve ele possa voltar. Tivemos a oportunidade de trazer o Runco há duas semanas, conversamos, ele está ciente da recuperação do atleta. Como dependemos da recuperação do Dedé, não temos como dar prazo para a recuperação. Não é uma recuperação demorada, mas depende da recuperação dele. A gente acredita que nos próximos dias ele faça um trabalho mais intenso na academia, uma atividade em campo”, acrescentou.
Por causa deste momento difícil que vive o zagueiro Dedé, a esposa dele, Patrícia Gonçalves, fez um desabafo no Instagram (leia aqui). Ela lamentou os ataques feitos ao marido em redes sociais nos últimos dias. Segundo Patrícia, foram enviadas várias mensagens privadas ofendendo o atleta do Cruzeiro.
Marcos Vinícius
O meia Marcos Vinícius, que começou a temporada como titular, é outro que sofre para se recuperar de uma contusão. Ele se lesionou no dia 1º de março, no jogo-treino entre Cruzeiro e Náutico-RR. A última partida dele ocorreu no dia 14 de fevereiro, quando o Cruzeiro derrotou o Tupi, por 1 a 0, na terceira rodada do Campeonato Mineiro.
Sérgio Freire Júnior afirmou que o departamento médico faz “trabalho específico e demorado” para reduzir o riscos de novas lesões no meia afetado por fibrose muscular (cicatriz responsável por enrijecer os músculos).
“É um atleta que tem risco aumentado em termos de lesão devido a um processo de fibrose que tem na musculatura. Hoje, conhecendo melhor esse atleta e as lesões que ele teve, fazemos trabalho específico e demorado para que consigamos reduzir riscos de novas lesões. Foi feito trabalho importante na fisioterapia e agora na fisiologia e preparação física para que ele se adapte e diminua risco de lesão”, afirmou Sérgio Freire Júnior.
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