Em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, na Toca da Raposa II, o técnico Paulo Bento expôs algumas observações à imprensa e deu a entender que sua grande dúvida é no meio-campo. O substituto natural de Henrique seria o uruguaio Federico Gino, porém Bento poderá optar por Lucas Romero à frente da zaga e escalar outro jogador mais adiantado.
“Em relação ao Gino não é fácil ele entrar num jogo a decorrer. Apesar de estarmos a ganhar, o Gino entrou no lugar do Henrique, um jogador extremamente importante e que tem se demonstrado fundamental para a equipe. A possibilidade de colocar o Gino existe, como existe outra possibilidade que Romero seja recuado. Podemos também mudar o desenho da equipe. Todas as possibilidades existem”, disse Paulo Bento.
Uma coisa é certa: o português não utilizará Bruno Ramires como primeiro volante. “Se for para jogar como volante defensivo não. Poderemos jogar até na mesma estratégia, mas Bruno não será o primeiro volante”.
Conforme as observações do treinador, crescem as chances de o argentino Ariel Cabral ser titular. Isso porque Robinho, apesar de estar recuperado de edema na coxa direita, ainda é visto com cautela por Paulo Bento. “Clinicamente podemos dizer que está recuperado. Mas, para competir é um caso diferente. Ele acabou de se recuperar de um problema físico que o fez parar por duas vezes. Hoje treinou conosco, também analisaremos até o último dia de treino. Neste momento longas paragens causam algum risco. Os jogadores podem não estar tão bem preparados para jogar”.
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Independentemente de quem entrar, o pedido do técnico é para que a postura da equipe diante do Vitória seja completamente distinta da apresentação da última quarta-feira, na derrota por 3 a 2 para a Chapecoense, em Santa Catarina. Na visão de Bento, o time não teve ambição de ampliar o marcador quando abriu 1 a 0 e, desta forma, acabou castigado com o tropeço no Sul do país.
“Depois do pouco que produzimos no último jogo conversamos muito. Houve sim uma frustração pelo que deixamos de apresentar. Não apenas em relação ao nível tático, mas pela postura, ambição. Isso só nós podemos mandar, mais ninguém. No último jogo, no meu ponto de vista, fizemos pouco e fomos penalizados. Era a chance para fazermos três vitórias consecutivas, mas não aproveitamos. Não há de quem se queixar mais a não ser de nós próprios”.