Entra jogador e sai jogador, e o Cruzeiro continua sofrendo muitos gols nas partidas do Campeonato Brasileiro. Ao todo, foram 18 gols negativos em 12 jogos, média de 1,5 por rodada. O sistema defensivo tem sido "criticado" tanto por torcedores quanto por Paulo Bento e seus comandados. O meia De Arrascaeta, por exemplo, desabafou após o apito final da derrota da equipe por 3 a 2, diante da Chapecoense, em Santa Catarina, na última quarta-feira. "Não podemos tomar os gols assim. Tomamos no primeiro tempo, no final da partida. Futebol é assim. Se tomar muitos gols, não vamos vencer", afirmou.
Em Chapecó, o Cruzeiro chegou a ficar à frente no placar, mas vacilos defensivos permitiram a virada do time catarinense. Paulo Bento ficou irritado em diversos momentos da partida e mostrou-se preocupado com a fragilidade da defesa. “Acabamos, pela terceira vez, por sofrer um gol entre o minuto 40 e 45 da primeira parte. Não é normal sofrer três gols, obviamente em três jogos diferentes, no fim da primeira parte. Isso revela um déficit de maturidade que tem a ver não apenas com a idade, mas também com a competitividade que pretendemos para a equipe”, disse o treinador.
Jovens, lesões e suspensões
Seja por lesão ou suspensão, a linha defensiva do Cruzeiro é modificada em quase todas as partidas. Dois dos jogadores mais novos do Cruzeiro são utilizados com frequência por Paulo Bento. Os zagueiros Bruno Viana, de 21 anos, e Fabrício Bruno, de 20, demonstram personalidade, mas ainda oscilam no profissional.
Já os considerados titulares da zaga, Manoel e Dedé, desfalcaram o time nas 12 rodadas disputadas até aqui. Enquanto o primeiro se recuperou de lesão na cartilagem do joelho direito, o segundo ainda está em tratamento após fratura na patela do joelho direito. Manoel treinou durante a semana e deve ser relacionado para o jogo diante do Vitória, no domingo, às 11h, no Mineirão. Já Dedé teve a lesão “consolidada” e poderá ser liberado à preparação física em algumas semanas.
As laterais também sofrem com constantes mudanças. O lado esquerdo, por exemplo, conta apenas com Bryan, que ainda não convenceu, principalmente na marcação. Em outras ocasiões, Sanchez Miño, que pediu para deixar o clube, e Allano foram improvisados na posição.
Pela direita, Mayke e Lucas se alternam no time principal, mas recebem críticas por deixar o setor vulnerável. Os volantes Federico Gino e Bruno Ramires também atuaram no setor por necessidade.
O quarteto defensivo mais utilizado pelo técnico Paulo Bento no Brasileirão foi Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan. Atuando juntos, eles fizeram três jogos, nas vitórias diante de Botafogo e Atlético, e na derrota contra o São Paulo.
Veja todos os quartetos defensivos do Cruzeiro utilizados no Campeonato Brasileiro
CORITIBA 1 X 0 CRUZEIRO (1ª rodada)
Lucas, Leo, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño
CRUZEIRO 2 X 2 FIGUEIRENSE (2ª rodada)
Federico Gino, Bruno Viana, Bruno Rodrigo e Sánchez Miño
SANTA CRUZ 4 X 1 CRUZEIRO (3ª rodada)
Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Sánchez Miño
CRUZEIRO 1 X 1 AMÉRICA-MG (4ª rodada)
Federico Gino, Bruno Viana, Leo e Sánchez Miño
BOTAFOGO 0 X 1 CRUZEIRO (5ª rodada)
Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan
CRUZEIRO 0 x 1 SÃO PAULO (6ª rodada)
Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan
ATLÉTICO 2 X 3 CRUZEIRO (7ª rodada)
Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan
CRUZEIRO 0 X 1 FLAMENGO (8ª rodada)
Bruno Ramires, Fabrício Bruno, Bruno Rodrigo e Allano
GRÊMIO 2 X 0 CRUZEIRO (9ª rodada)
Lucas, Fabrício Bruno, Bruno Viana e Bryan
PONTE PRETA 0 X 4 CRUZEIRO (10ª rodada)
Mayke, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan
CRUZEIRO 2 X 1 PALMEIRAS (11ª rodada)
Mayke, Bruno Rodrigo, Bruno Viana e Bryan
CHAPECOENSE 3 X 2 CRUZEIRO (12ª rodada)
Mayke (Lucas), Bruno Viana, Fabrício Bruno e Bryan
CRUZEIRO
Ainda sem "zaga ideal", Cruzeiro apresenta fragilidade no sistema defensivo no Brasileirão
Equipe não sofreu gols em apenas dois dos 12 jogos disputados na competição
Thaynara Amaral /Superesportes
postado em 01/07/2016 08:00 / atualizado em 30/06/2016 20:58
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