"Uma parede", "milagroso", "líder positivo". Os adjetivos utilizados por ex-jogadores e pelo técnico Levir Culpi para descrever Dida dão mostras da importância dele na partida contra o Palmeiras, que deu ao Cruzeiro o bicampeonato da Copa do Brasil, em 1996.
Contra um time cheio de estrelas, a Raposa tinha no goleiro a esperança de parar o histórico ataque dos 102 gols, que conquistou o Campeonato Paulista naquela temporada. E foi exatamente isso que ele fez. Foi vazado apenas duas vezes nos confrontos decisivos contra o Palmeiras e fechou o gol na partida de volta, em pleno Palestra Itália.
Além de deter Rivaldo, Djalminha, Cafu e cia., Dida se colocou na lista das maiores atuações de um goleiro da história da Copa do Brasil (veja os lances da partida e as defesas do ex-jogador do Cruzeiro no vídeo acima). Não fosse ele, a história do dia 19 de junho de 1996 seria contada de outra maneira - provavelmente com um final feliz para a equipe paulista.
Em entrevistas ao Superesportes, ex-companheiros e o técnico Levir Culpi descreveram a atuação de Dida. Confira:
Levir Culpi
"Acho que foi uma das maiores atuações de um goleiro em jogos decisivos no Brasil. O Dida fechou o gol. Ele estava muito inspirado, sempre calmo. Naquele jogo, realmente, talvez tenha jogado o melhor jogo da carreira dele. Ele tem vários milagres na história do Cruzeiro e na carreira. Além de ser uma pessoa brilhante, também é como jogador".
Vítor
"Dida é monstro, além de ser um grande goleiro, consagrado, deu muita segurança. O Dida ali foi um gigante, tomamos muita pressão".
Ricardinho
"O Dida estava iluminado naquela noite".
Palhinha
"O Dida foi espetacular, tanto na Copa do Brasil quanto na Libertadores (de 1977). Contra o Palmeiras ele pegou tudo o que podia e não podia".
Gélson Baresi
"A equipe não se desesperou depois do gol (na segunda partida), jogamos de igual para igual… Tivemos uma grande noite do Dida".
Roberto Gaúcho
O Dida também estava numa noite iluminada. Ele é uma pessoa maravilhosa. Não abria a boca, mas era um líder positivo. Depois do jogo, já no vestiário, o Cafu disse para mim que eu e o Dida fomos os grandes responsáveis pelo título. Na despedida do Alex, no Mineirão, o Luxemburgo chegou para mim dizendo: “Você e o Dida me tiraram aquele título, que ia ser inédito para o Palmeiras”
Marcelo Ramos
"Todas as dificuldades, o Dida fazendo defesas no final, lances difíceis em que eles poderiam ter feito o gol... Aliás, eles fizeram o gol aos cinco minutos, né?! E nós viramos depois”