O ex-volante cruzeirense conta que comemorou muito a virada com gols de Roberto Gaúcho e Marcelo Ramos. Aquele título, que completa 20 anos neste domingo, 19 de junho, está em lugar especial no coração. “Sabíamos que iríamos ficar na história. Olha só, 20 anos depois e vocês e os torcedores ainda estão lembrando da gente”, comentou.
Fabinho ficou impressionado com a recepção da torcida do Cruzeiro aos jogadores na volta de São Paulo pata Belo Horizonte. Para ele, a comemoração dos torcedores naquele 20 de junho foi maior do que na Copa Libertadores de 1997. “Acho que a festa da Copa do Brasil foi até maior que a da conquista da Libertadores (de 1997), por ter sido como foi… fora de casa… dificuldades. Foi bom demais, a torcida enchia o estádio todo o jogo, era lindo. Só dava o Cruzeiro, agora é que o Atlético começou a ganhar e a equilibrar”, ressaltou.
Confira a entrevista de Fabinho ao Superesportes:
A conquista
Teoricamente, o time deles era mais forte individualmente, mas nosso time era bom também, a gente se conhecia muito. Nosso time era muito forte, a gente tinha muito entrosamento. O Palmeiras era muito bom e eles ainda iam jogar com a torcida a favor. Porém, nosso time era experiente. Quando a gente tomou gol, a gente não se abateu. Atacamos eles lá dentro. Quando empatamos, eles nos bombardearam. Esse título marca muito, é um título de peso.
Parar o ataque palmeirense
A pressão no segundo tempo foi bem grande, ele (Luxemburgo) voltou com todo mundo pra cima. Tiveram boas chances de gol. Mas a gente dava os contra-ataques. A média de gols deles era parecida com a do Barcelona, na época. Mas a gente corria demais para parar eles. A gente era bem rápido e preparado para isso. Era foco. Treinávamos muito para isso. Aí foi tranquilo. Paramos eles mesmo.
Motivação
O Levir, com aquele jeitão dele, é um bom treinador. Cobra, dá duras. Sabe mexer no time. Ele é um dos melhores do Brasil. Nossa motivação era o caneco, querer ser campeão. Ele (Levir) falava isso para gente, sabíamos que iríamos ficar na história. Olha só, 20 anos depois e vocês e torcedores estão lembrando da gente.
Provocações
Na época o Rivaldo já estava acertado com o Barcelona. Aí a gente até comentava: ‘Vamos dar pancada nele porque ele não vai colocar o pé em nenhuma jogada” (risos). Mas no geral os caras do Palmeiras eram bem tranquilos, amigos nossos, não tinha provocação ou conversa em campo.
Chegada a Belo Horizonte
Chegamos no carro do Corpo de Bombeiros para receber a homenagem, o torcedor parou tudo, não vou esquecer nunca mais. Tem foto aqui em casa, a gente parou a cidade inteira, o caminhão não conseguia andar, não andava, tudo parado. Eu fiz um quadro com a noticia no jornal. Era muita gente. Isso não tem dinheiro que pague. E, olha… acho que a festa da Copa do Brasil foi até maior que a da conquista da Libertadores (de 1997), por ter sido como foi… fora de casa… dificuldades. Foi bom demais, a torcida enchia o estádio todo o jogo, era lindo.
Carinho pelo Cruzeiro
O clube é muito sério para pagar, pagava tudo em dia. O Cruzeiro sempre fez questão de deixar em dia. Cobrava muito da gente. Mas sempre pagava. É um clube muito sério, referência. Só dava o Cruzeiro, agora é que o Atlético começou a ganhar e equilibrar.