A pouco menos de um mês para a reabertura da janela internacional de transferências, o Cruzeiro se movimenta nos bastidores para reforçar a equipe. Com algumas contratações já “conversadas”, conforme adiantou o presidente Gilvan de Pinho Tavares, o clube espera anunciar pelo menos dois nomes depois de 20 de junho. Um lateral-esquerdo está nos planos, e Maxwell, do PSG, ainda é o preferido na Toca da Raposa II.
O jogador, de 34 anos, ficará livre para assinar com outra equipe em junho, mês em que se encerra seu vínculo com o clube francês. Isso, certamente, facilitaria uma possível negociação. Por outro lado, os salários do jogador estão nos padrões europeus, bem acima da realidade na Toca da Raposa II. O Superesportes conversou com Paulina Scherrer, mãe do jogador, que respondeu sobre a possibilidade de o filho retornar ao Brasil.
“Li muito sobre isso (negociação com o Cruzeiro) na internet, mas ele não me disse nada. Na verdade, nem ele sabe se voltará ao Brasil. Pode ser e pode não ser. Ele vai resolver isso depois das férias, está lá em Paris ainda, porque as filhas estão em período letivo e não podem sair ainda”, disse Scherrer. “Pelo que eu entendi, eles ainda vão decidir sobre a continuidade. Ele não comenta muita coisa comigo. Ao que parece, vai depender da venda de alguns jogadores”, completou.
Maxwell não tem dupla cidadania e ocupa uma vaga de estrangeiro no PSG. O atleta tentou obter passoporte comunitário na Europa, justamente para facilitar sua renovação, mas isso ainda não ocorreu.
Paulina não esconde o desejo de voltar a ver o filho mais perto de casa. Natural de Cachoeiro do Itapemirim, no interior do Espírito Santo, Maxwell deixou o Brasil muito cedo. Em 2001, mesmo ano em que foi revelado pelo Cruzeiro, o jogador aceitou uma proposta de 3 milhões de dólares do Ajax para atuar no futebol holandês. Desde então, colecionou passagens vitoriosas por Inter de Milão-ITA, Barcelona-ESP e, desde 2012, está no PSG, da França.
“Claro, eu gostaria muito que ele voltasse, ficar mais perto. Mas eu acho que ele não gostaria tanto de voltar agora. As filhas estudam lá (na França), estão adaptadas, e uma vinda para cá significa mudar tudo. Ele tem uma vida estruturada e um perfil mais europeu, se acostumou a viver lá”, ressaltou. “De qualquer forma, não acho que é impossível, pode acontecer sim. E se tiver que voltar ao Brasil, que seja para o Cruzeiro, que foi onde ele começou e tem uma história”, finalizou.
Interesse do Cruzeiro
No início de março, a reportagem informou o interesse do Cruzeiro em repatriar o lateral-esquerdo. Na época, a contratação ainda era vista como um sonho da diretoria, que apostava no bom relacionamento com pessoas ligadas ao jogador para concretizar a transferência. Dez dias depois, o então técnico do clube, Deivid, deu a entender que o interesse era real quando afirmou que “muitos times do Brasil o queriam”.
Como a janela de transferências ainda está longe de abrir, o Cruzeiro não se manifesta publicamente sobre a possibilidade de ter Maxwell. O clube entende, no entanto, mesmo com a vinda de Bryan para a lateral esquerda, que necessita de mais um jogador para a posição. O ex-jogador do América tinha a possibilidade de escolher a camisa 6 para vestir – tradicional para atletas que atuam naquele setor –, mas, sem muitas explicações, optou pelo número 17.
CRUZEIRO
Na mira do Cruzeiro, Maxwell tem torcida da mãe para voltar a vestir a camisa celeste
Paulina Scherrer disse, porém, que retorno do filho ao Brasil ainda é complicado
postado em 24/05/2016 18:26 / atualizado em 24/05/2016 18:25