“Por regra, não digo equipe nas coletivas, até porque algumas situações os jogadores não podem ter claro quem irá jogar e os primeiros que ficam sabendo são eles”, justificou o treinador em entrevista coletiva nesta sexta-feira, na Toca da Raposa II. A única certeza é que haverá mudanças na lateral direita e no meio-campo, já que Lucas e Lucas Romero foram expulsos diante do Coxa.
Nem sobre o esquema tático Paulo Bento deu pistas. Ele admitiu que utilizava bastante o 4-4-2, com uma espécie de losango no meio-campo, nos tempos de Sporting, entre 2005 e 2009. No Cruzeiro, porém, descartou tal possibilidade – ao menos diante dos jornalistas.
“O 4-4-2 foi sistema que jogamos por muito tempo no Sporting, depois não jogamos da mesma forma, jogamos no 4-4-3, por isso teremos capacidade, dentro da característica dos jogadores, escolher o esquema. Mas no losango não jogaremos”.
Desde o começo da semana, Bento fechou grande parte de seus treinos à imprensa. Os jornalistas só puderam acompanhar os minutos iniciais, em que os atletas trabalharam a parte física e depois ensaiaram dois toques. No momento de montar a estratégia, privacidade total. Perguntado sobre a filosofia corriqueira na Europa e pouco comum no Brasil, o português explicou que “há estratégias a serem guardadas apenas para a equipe”.
"Abriremos uma parte do treino sempre, algumas vezes teremos treinos totalmente abertos, mas a rotina será da forma como trabalhamos aqui. Hoje em dia, no futebol, devemos guardar algumas coisas para nós em termos estratégicos, para que os jogadores executem seu trabalho da melhor maneira possível. Para mim, o que fiz esta semana foi o mais correto deixar vocês verem apenas parte do treino. Tem a ver com guardar as estratégias de jogo. O problema não é nem que saibam a equipe, mas sim o fato de fazermos nossas estratégias e certas coisas para que os jogadores se apresentem da melhor maneira possível" concluiu.