
“O calendário obriga um bocadinho a ter essa ideia, a rotatividade (risos). A própria quantidade de jogos em pouco espaço de tempo nos obriga a fazer algumas alterações. Mudar uma quantidade elevada de jogadores pode não ser benéfico. Mas a verdade é que, em alguns momentos da temporada, teremos que mudar. É quase obrigatório da nossa parte”, disse o português durante entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira, na Toca da Raposa II.
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O novo treinador lamenta a quantidade alta de jogos, mas espera que o calendário também sirva de motivação para os atletas do elenco celeste. A ideia é envolver todos os integrantes do grupo nas competições que o Cruzeiro tem pela frente.
“Seremos obrigados a fazer algumas alterações, a mudar rotinas. E também queremos envolver todos os jogadores, que todos saibam o que têm de fazer em cada momento do jogo e entendam que o treino é a melhor mensagem para compreender o que farão durante a partida”, disse.
Apesar das críticas ao calendário, o português evita condenar a quantidade de datas do Campeonato Brasileiro, competição mais longa do futebol nacional. Para ele, o problema não é o número de rodadas, mas o modo como os jogos estão distribuídos durante o ano.
“São 38 jornadas (rodadas) só no Brasileirão. Espanha também tem, Inglaterra, França. A diferença é que na Europa são 38 jornadas em 10 meses. No Brasil, esses jogos são disputados em sete meses. Ainda há Copa do Brasil em duas mãos (ida e volta), os Estaduais... Mas creio que isso nos obrigará a ficar ainda melhores. Temos que preparar melhor as estratégias, os conceitos. Os intervalos entre os jogos nem sempre serão os mesmos”, completou.
Paulo Bento terá poucos dias de preparo até a estreia no Cruzeiro. Nesta segunda-feira, o português conheceu a estrutura da Toca da Raposa II e conversou com o elenco celeste. O primeiro treino sob o comando dele ocorrerá nesta terça-feira. A estreia no banco de reservas será contra o Figueirense, sábado, às 21h, no Mineirão, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.