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Desde que demitiu Deivid, em 24 de abril, foram três negativas de treinadores: Jorginho, do Vasco, Marcelo Oliveira, que alegou demora no contato e teria recebido ofertas de fora do país, e, nesta segunda-feira, Ricardo Gomes, que optou por seguir no Botafogo. Além disso, o clube sondou Abel Braga, com contrato em vigor com o Al-Jazira, dos Emirados Árabes, mesmo sem atuar, e mandou um representante à Colômbia para tentar convencer Reinaldo Rueda a aceitar o projeto da equipe celeste, mas sem sucesso pelo avanço do Atlético Nacional na Libertadores.
Nesse cenário de turbulência, com eliminações precoces na Primeira Liga e no Estadual, demissão de treinador, ajustes no elenco e corrida pelo novo comandante, o presidente Gilvan de Pinho Tavares optou por ser manter afastado dos holofotes, evitando contato com a imprensa, embora vá com alguma freqüência aos treinos na Toca da Raposa II.
Hoje, Gilvan divide atenções com questões familiares e com a Primeira Liga, organização da qual também é presidente. Basta lembrar que, enquanto o Cruzeiro enfrentava o Campinense, em 20 de abril, na Paraíba, pela Copa do Brasil, Tavares esteve na decisão da Primeira Liga, entre Fluminense e Atlético-PR, em Juiz de Fora.
Ao mesmo tempo em que Gilvan está mais distante da rotina, ele não dá aos homens do futebol a mesma autonomia que deu a Alexandre Mattos entre 2012 e 2014, por exemplo. Com isso, sua nova cúpula, formada pelo vice de futebol Bruno Vicintin, pelo superintendente Sérgio Rodrigues e pelo diretor de futebol Thiago Scuro, começa a ficar desgastada e na linha de ataque dos torcedores. Por consequência, os cruzeirenses têm mostrado preocupação com o futuro da equipe no restante da temporada.
O Superesportes tentou contato com o presidente Gilvan de Pinho Tavares desde as 16h desta segunda-feira, quando Ricardo Gomes anunciou sua permanência no Botafogo, mas nenhuma ligação foi atendida. Nas últimas semanas, a reportagem também tentou contatar o mandatário insistentemente, mas todas sem sucesso.