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Cruzeiro dispara contra Giuliano Bozzano, Anaf, FMF e afirma que venceu clássico na bola

Vice de futebol Bruno Vicintin e diretor Thiago Scuro concederam entrevista coletiva nesta terça-feira e comentaram repercussão da arbitragem do jogo com Atlético

postado em 29/03/2016 17:03 / atualizado em 29/03/2016 21:49

Cruzeiro/Reprodução
A diretoria do Cruzeiro se pronunciou de maneira oficial nesta terça-feira sobre a repercussão da arbitragem do clássico contra o Atlético, no último domingo, no Independência, pela nona rodada do Campeonato Mineiro. Em entrevista coletiva concedida na Toca da Raposa II, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin e o diretor de futebol Thiago Scuro entenderam que não houve nenhum tipo de favorecimento do árbitro Emerson de Almeida Ferreira à equipe celeste, vitoriosa na partida por 1 a 0. Nas palavras dos dirigentes, críticas à Federação Mineira de Futebol (FMF), ao presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Guiliano Bozzano, e à Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf), que, na véspera do jogo, emitiu nota questionando o Cruzeiro por ter solicitado trio de outro estado.

“O Cruzeiro foi surpreendido com nota lamentável da Anaf, com críticas, que ao nosso ver desrespeitam a instituição. Venho a público exigir respeito a instituição Cruzeiro Esporte Clube. Em nenhum momento, o Cruzeiro pressionou. O Cruzeiro apenas sugeriu um árbitro Fifa, para evitar toda pressão que aconteceu após o clássico. Cruzeiro já havia feito isso há três anos. O papel da Anaf é pedir melhores direitos à arbitragem. Nós nos sentimos ofendidos. Nosso chefe de arbitragem mineira (Giuliano Bozzano) estava no site da Anaf como assessor para assuntos jurídicos. Já tiraram nome dele do site e não sabemos motivo”, disse Bruno Vicintin.

“Vemos com extrema preocupação atitudes tomadas depois do clássico. No ano passado, Cruzeiro foi extremamente prejudicado e nenhuma atitude foi tomada. E o árbitro que apitou no fim de semana (Emerson de Almeida Ferreira) apitou final do rival com a Caldense no ano passado. Em nenhum momento ele foi punido (no ano passado). Estamos preocupados com atitudes do Giuliano Bozzano. Quando um erro ajuda o rival, nenhuma atitude foi tomada”, acrescentou.

No clássico, o Atlético questionou um puxão de camisa do lateral-esquerdo Fabrício no atacante Lucas Pratto, dentro da área cruzeirense. O time alvinegro também reclamou um pisão de Ariel Cabral no atacante Hyuri e uma entrada violenta de Allano, que já tinha cartão amarelo, no volante Júnior Urso. O Cruzeiro, por sua vez, entendeu que houve erros para os dois lados. “O Leonardo Silva deveria ter sido expulso no primeiro tempo. O Allano tomou tapa na cara e levou amarelo. O zagueiro do Atlético, num lance sem goleiro, levanta o pé na cabeça do Manoel e não foi marcado nem pé alto. Depois, num lance fora da área, ele marcou lance de pé alto. Houve vantagem do Elber, que não foi dada. O Cruzeiro não concorda que foi ajudado no clássico, nem acha que a arbitragem foi terrível. Estamos muito preocupados com mensagem passada para arbitragem mineira. Em erros que decidem campeonato, nada é comentado. Não sei se objetivo de Giuliano Bozzano é ter retrato na parede do rival”, afirmou Vicintin.

Diretor reforça discurso

O diretor de futebol Thiago Scuro reforçou as palavras de Vicintin dizendo que o Cruzeiro conseguiu a vitória pelos próprios méritos. “O Cruzeiro venceu a partida por mérito das pessoas que estão aqui dentro, pela forma como equipe se preparou na semana toda. Esse é um ponto que tem de vir acima de qualquer assunto. Estamos direcionando a discussão para arbitragem e estamos esquecendo trabalho de várias pessoas. Fizemos bom jogo, vencemos jogando futebol. Boa parte dos pontos que vamos trazer aqui, viemos desde início tentando construir um futebol cada vez melhor”.

Scuro lembrou que o pedido do clube era por arbitragem de outro estado, uma vez que os juízes de Minas Gerais já haviam cometidos erros em outras partidas. “Qual o procedimento padrão da arbitragem de Minas Gerais quando houve gol mal anulado do Sánchez Miño contra Tupi e nenhuma atitude é tomada? Depois, em Poços, houve atitude tomada quando houve gol em impedimento (Cleisson Veloso Pereira foi suspenso pela FMF depois de validar o tento de Alisson). Emerson é bom árbitro, mas não tem escudo Fifa. Pedir árbitro Fifa nada é mais que coerência pela grandeza do estado. Não existe envolvimento emocional de um árbitro que venha de fora quando viemos a público solicita. Não houve artimanha”.

Ele também questionou o modus operandi no sorteio do trio de arbitragem. Haviam juízes mineiros e de fora do estado. “A forma como sorteio foi operacionalizado nos chama atenção. Se confiam na arbitragem mineira, que tivesse colocado dois árbitros de Minas. Ou acredito na arbitragem mineira 100% e vou defender, ou não acredito. A forma do sorteio jogou no Emerson condição muito pior que antes. Esses pontos nos incomodaram demais. A Anaf não recruta árbitro, não forma árbitro. A partir do momento que Anaf se posiciona sobre campeonato estadual, alegando problemas internos, com que propriedade eles podem tratar de problemas internos do Cruzeiro?”, frisou Thiago Scuro.

Por fim, o Cruzeiro reforçou o apoio por árbitros de Minas Gerais para as partidas decisivas do Estadual, desde que eles pertençam ao quadro da Fifa. “Temos de aguardar Giuliano Bozano. O Cruzeiro apoia arbitragem mineira. Em caso de clássicos, achamos que deveria ser árbitro Fifa até para preservar arbitragem mineira”. Do corpo da FMF, apenas Ricardo Marques Ribeiro é vinculado à Fifa.

Respostas

Procurado pela reportagem, o presidente da comissão de arbitragem da Federação Mineira de Futebol, Giuliano Bozzano, preferiu não se manifestar sobre as críticas da diretoria do Cruzeiro. Já os presidentes da FMF, Castellar Neto, e da Anaf, Marco Antônio Martins, não atenderam as ligações.

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