Antes do clássico, em reunião na sede da FMF, o Cruzeiro solicitou arbitragem de fora. Na opinião do clube, um juiz mineiro ficaria muito pressionado no Independência. O Atlético, por sua vez, questionou a preferência do time celeste em solicitar um trio ‘forasteiro’. Segundo o Galo, era necessário prestigiar a arbitragem de Minas. No sorteio, a FMF colocou um árbitro mineiro e outro de fora. O profissional do estado ganhou o sorteio.
"Olha, eu sugeri árbitros de fora para preservar os árbitros mineiros. Eu sei que os árbitros mineiros são ótimos. Inclusive, um dos que tem mais prestígio aqui em Minas Gerais, que é o Ricardo Marques Ribeiro, não vinha sendo indicado em nenhum dos jogos do nosso adversário, porque disseram que, quando ele foi estagiário na Justiça, trabalhou no gabinete de um juiz que hoje é desembargador e que era conselheiro do Cruzeiro. Isso não é justificativa para ninguém deixar de ser escalado. Agora, quando eu pedia árbitros de fora, era para preservar os mineiros, principalmente em jogos lá no Independência, porque é um estádio que a torcida pressiona demais os árbitros, e o árbitro pressionado pode errar. Era preferível que viesse um juiz de fora, porque se errasse ninguém podia reclamar, porque errou um árbitro de fora", justificou.
"E eu achei que ele (Emerson de Almeida Ferreira) foi muito bem na partida. Se errou, errou para ambos os lados. Estão reclamando de não ter expulsado jogador do Cruzeiro. O zagueiro do Atlético, no primeiro tempo, teria que ser expulso. Ele já tinha feito falta suficiente para isso. O outro zagueiro do Atlético tirou uma bola de dentro do gol, quando o Manoel ia fazer o gol, dando uma bicicleta na cabeça do Manoel. Se isso não é pênalti, não existe pênalti. Essas coisas acontecem na partida de lado a lado e você não pode punir o juiz”, destacou o presidente, em entrevista à rádio Itatiaia.
Gilvan criticou a ausência de diálogo da FMF com os clubes mineiros e uma suposta falta de critério no sorteio dos árbitros.
“Tem que punir a Federação, que, no meu entendimento, errou duas vezes. Errou em não conversar com os clubes a respeito do que a Federação pensava. Por que colocar um árbitro de fora e um árbitro mineiro no sorteio e não colocar dois árbitros mineiros, ou dois árbitros de fora? Não entendi esse critério”, acrescentou.
Parceria com a Penalty
Recentemente, o Cruzeiro divulgou uma nota confirmando que não romperá o contrato com a Panalty. Gilvan voltou a falar sobre o assunto. "Neste momento, temos um contrato com a Penalty, e costumamos honrar nossos contratos", disse.
Ele, contudo, não descartou substituir a atual fornecedora por outra. O Cruzeiro estava com negociações adiantadas com a Umbro, mas, pelo visto, as tratativas não evoluíram.
A troca de patrocínio aconteceria por insatisfação do clube celeste com a Penalty. A empresa de materiais esportivos não estaria cumprindo com as condições contratuais, como tinha dito o presidente do Cruzeiro. Houve atraso nos repasses da patrocinadora ao clube.
"Não sei. Depende da Penalty. Nós temos um bom relacionamento com a Penalty. Ela tem fornecido os materiais à loja, ao clube, tudo direitinho. Um material de primeira qualidade. Temos que honrar o compromisso que temos. Então, depende da Penalty. Dependendo da Penalty, pode ser que a gente troque. Mas, por enquanto, temos que honrar nosso compromisso, e a Penalty vai continuar".