A declaração sobre uma tentativa de “compra de juiz” rendeu 90 dias de suspensão a Benecy Queiroz. Supervisor de futebol licenciado do Cruzeiro, o dirigente foi julgado nesta quarta-feira pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Foi afastada a hipótese de corrupção, uma vez que não foi possível determinar informações como nome do árbitro e competição do jogo citado pelo dirigente.
Na declaração dada à Rede Minas, Benecy Queiroz não especificou uma data para o caso de “compra de juiz”. Em sua fala, ele mostrou uma incoerência ao citar o goleiro Vitor e o treinador Ênio Andrade. O dirigente afirmou que Vitor defendia a meta cruzeirense na ocasião da tentativa de compra do juiz. O goleiro esteve no Cruzeiro entre 1971 e 1984. Já o técnico, que, também de acordo com o dirigente era Ênio Andrade e estava no clube durante o episódio, passou pela Toca da Raposa em 1989; 1990; 1991-1992; 1994; 1995. As informações são do Almanaque do Cruzeiro.
Benecy Queiroz foi suspenso com base no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD): "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva". Para dirigentes, a pena prevista nesse caso é de 15 a 180 dias.
No julgamento pelo STJD, Benecy foi acompanhado pelo diretor jurídico do Cruzeiro, Fabiano de Oliveira Costa. O ex-jogador do clube Wilson Piazza também esteve no STJD.
Cinco dias após a declaração sobre “compra de juiz”, Benecy Queiroz foi afastado pelo Cruzeiro, que alegou necessidade de tratamento de saúde para o dirigente. O clube anunciou Pedro Moreira, antigo diretor de negócios internacionais, como o novo supervisor de futebol. A diretoria não descartou que Benecy retorne ao Cruzeiro em outro cargo.
CRUZEIRO
Após declaração sobre "compra de juiz", Benecy Queiroz é suspenso pelo STJD por 90 dias
Supervisor de futebol do Cruzeiro está licenciado para tratamento de saúde
postado em 27/01/2016 18:49 / atualizado em 27/01/2016 19:00