O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou nesta quarta-feira que acatou a denúncia e abriu processo contra Benecy Queiroz, que declarou que tentou comprar um árbitro antes de uma partida do Cruzeiro, na década de 1980. Segundo o comunicado, o supervisor de futebol da Raposa corre risco de receber multa, ser suspenso ou até banido do esporte, em caso de reincidência. O julgamento do cartola ainda não foi marcado.
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Dessa forma, o Tribunal enquadra a situação do cartola nos artigos 237 e 241 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. As punições variam conforme o desenrolar do julgamento. Caso receba uma pena mais branda, Benecy terá que pagar apenas uma multa que varia entre de R$ 100 a R$ 100 mil. O Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê também uma suspensão de 360 a 720 dias, mas os artigos 42 e 62 do Código Disciplinar do FIFA pedem o banimento definitivo em casos como o do dirigente celeste.
Resumo do 'caso Benecy'
Funcionário do Cruzeiro há 45 anos, Benecy Queiroz declarou em entrevista à Rede Minas, no último dia 09, que tentou comprar um juiz antes de uma partida do clube nos anos 80. Dois dias após a declaração, o cartola leu um comunicado na Toca da Raposa II em que afirmou que tudo não passou de uma piada. Sem dar espaço para que os jornalistas fizessem perguntas, o dirigente comunicou que iria “desacelerar” de suas funções na equipe.
Na sequência, a assessoria de imprensa do Cruzeiro emitiu uma nota em que confirmava o afastamento do supervisor de futebol, que seria submetido a um tratamento médico durante período indeterminado.