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CRUZEIRO

Em entrevista a programa de TV, supervisor do Cruzeiro lembra tentativa de 'compra de juiz'

Benecy Queiroz contou episódio polêmico ao Meio de Campo, da Rede Minas

Redação
Benecy em entrevista ao 'Meio de Campo' - Foto: Reprodução/Rede Minas Sem revelar muitos detalhes, o supervisor de futebol do Cruzeiro, Benecy Queiroz, lembrou um episódio polêmico da história celeste. De acordo com o dirigente, que está na Toca há 45 anos, o clube tentou comprar um árbitro no passado, quando tinha Ênio Andrade como treinador. A entrevista do cartola foi ao programa Meio de Campo, da Rede Minas (veja o trecho do vídeo abaixo a partir de 1’40’’).

Durante sua fala, Benecy mostrou uma incoerência. Ele afirma que Vitor defendia a meta cruzeirense na ocasião da tentativa de  compra do juiz. O goleiro esteve no Cruzeiro entre 1971 e 1984. Já o técnico, que, também de acordo com o dirigente  era Ênio Andrade e estava no clube durante o episódio, esteve na Toca da Raposa em 1989; 1990; 1991-1992; 1994; 1995. As informações são do Almanaque do Cruzeiro.

Procurado, Benecy Queiroz afirmou que “o que falou está falado” e que não comentaria mais sobre sua entrevista ao programa Meio de Campo. Leia o trecho polêmico:
Existe a mala branca. Times menores aceitam. Não digo que é suborno. Se a gente partir do pressuposto que é suborno, efetivamente os clubes não pagariam bicho para ganhar.

Eu só vou citar um caso específico, específico e não falo o nome. Aqui em Minas Gerais. O treinador era Ênio Andrade, e nós, através da indicação de uma pessoa, achamos que compramos um juiz. E o juiz, falou:

– Olha, fique tranquilo que o time adversário não sai do meio campo.


Nos 45 primeiros minutos, ele deu muita falta só no meio do campo. Aí, então, falei:

– Olha, acho que vai dar certo.

Só que, por azar nosso, o adversário chutou uma bola do meio do campo. O goleiro, eu posso falar, Vitor, no ângulo, gol do adversário. E o juiz continuou dando falta só no meio do campo. Na época a gente podia entrar no gramado, aí uma hora eu falei com ele:

– Eu paguei para você. Vê se dá um pênalti. Aí ele falou:

– Manda seu time ir lá para frente que dou o pênalti. Aí eu falei com o capitão:

– Manda o time ir para frente, temos que empatar o jogo.

O time foi para frente, mas toda bola ele dava falta contra o Cruzeiro. Daí cheguei à conclusão que empreguei o dinheiro errado.