Durante sua fala, Benecy mostrou uma incoerência. Ele afirma que Vitor defendia a meta cruzeirense na ocasião da tentativa de compra do juiz. O goleiro esteve no Cruzeiro entre 1971 e 1984. Já o técnico, que, também de acordo com o dirigente era Ênio Andrade e estava no clube durante o episódio, esteve na Toca da Raposa em 1989; 1990; 1991-1992; 1994; 1995. As informações são do Almanaque do Cruzeiro.
Procurado, Benecy Queiroz afirmou que “o que falou está falado” e que não comentaria mais sobre sua entrevista ao programa Meio de Campo. Leia o trecho polêmico:
Existe a mala branca. Times menores aceitam. Não digo que é suborno. Se a gente partir do pressuposto que é suborno, efetivamente os clubes não pagariam bicho para ganhar.
Eu só vou citar um caso específico, específico e não falo o nome. Aqui em Minas Gerais. O treinador era Ênio Andrade, e nós, através da indicação de uma pessoa, achamos que compramos um juiz. E o juiz, falou:
– Olha, fique tranquilo que o time adversário não sai do meio campo.
Nos 45 primeiros minutos, ele deu muita falta só no meio do campo. Aí, então, falei:
– Olha, acho que vai dar certo.
Só que, por azar nosso, o adversário chutou uma bola do meio do campo. O goleiro, eu posso falar, Vitor, no ângulo, gol do adversário. E o juiz continuou dando falta só no meio do campo. Na época a gente podia entrar no gramado, aí uma hora eu falei com ele:
– Eu paguei para você. Vê se dá um pênalti. Aí ele falou:
– Manda seu time ir lá para frente que dou o pênalti. Aí eu falei com o capitão:
– Manda o time ir para frente, temos que empatar o jogo.
O time foi para frente, mas toda bola ele dava falta contra o Cruzeiro. Daí cheguei à conclusão que empreguei o dinheiro errado.